Minha Querida Ansiedade #2

Minha Querida Ansiedade

Querida ansiedade, hoje, apesar de eu estar fisicamente bem, estou um pouco insegura. Conheci um rapaz muito bacana e ele me chamou para sair. Claro que aceitei o convite.

Mas sabe, eu não sou uma garota tão bonita e interessante quanto as outras. E se ele não gostar de mim? E se ele me achar louca como as outras pessoas?

Não, não posso deixar ele saber que você vive comigo, ansiedade. Ele vai me odiar por isso. Não sei se eu suportaria mais uma rejeição.

Talvez eu devesse desistir desse encontro. Mas eu quero ir. Mas e se eu for e der tudo errado? Melhor ficar em casa.

Vou mandar uma mensagem desmarcando.

E se eu desmarcar e ele pensar mal de mim? Achar que eu só furo?

Talvez isso seja verdade.

Minha querida e inseparável ansiedade, não consigo nem dormir. Minha mente não para nem por um segundo. Estou a beira de um surto. Vou tomar um chá e ler um pouco, talvez ajude a me acalmar.

Acordei de manhã e resolvi sim ir ao encontro, e no fim das contas não foi o desastre que imaginei que seria. Apesar da insegurança consegui ficar um pouco mais à vontade.

Ah! Fazia tanto tempo que eu não saía, que eu não conversava e me divertia. Estou até me sentindo mais leve. Eu deveria parar de me aprisionar e me privar das coisas que gosto. É bem difícil pois você não colabora, ansiedade. Mas eu lhe peço, me dê dias de folga como esse com mais frequência, por favor.

Minha querida ansiedade, esta é a segunda carta que lhe escrevo e espero que considere cada palavra e permita eu me livrar do meu medo de viver.

Quer mais conteúdo sobre esse tema? Você pode ler o primeiro texto dessa série aqui >>> Minha Querida Ansiedade.

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