DENTRO DA REALIDADE DOS 50 TONS

REALIDADE DOS 50 TONS

O que é essencial saber antes de se aprofundar no mundo do BDSM?

Já falamos sobre o que significa BDSM, mas para entender de verdade e entrar nesse mundo existem muitas coisas que é preciso entender para colocar em prática da maneira mais correta e segura possível.

Existe sim uma hierarquia, regras, condutas que somadas formam as liturgias do BDSM.

Antes de entender o que são e como funcionam essas liturgias, vamos entender o que é o Sadomasoquismo (SM) de Consenso:

O sadomasoquismo consensual é muito diferente do sadismo e masoquismo patológicos. Quem é sádico patológico não se importa com o prazer do outro, só se importa em causar doe e assim obter prazer para si, já os sadomasoquistas consensuais se preocupam com o prazer mútuo. O que está em jogo nesse caso são a dominação e a submissão, poder e desamparo. E trata-se de uma prática sexual muito mais comum do que imaginamos, com certeza você conhece algum casal, quando não você mesma, que já “brincou” de dominador e dominado.

Os pilares do BDSM:

  • SSC – São, Seguro e Consensual.
    Após entendermos melhor o que é o SM de Consenso, vamos explorar a tríade que rege as ações dentro do BDSM. Já entendemos que todas as ações dentro do BDSM visam o prazer de ambos os parceiros, para que isso funcione na prática existe um comprometimento por parte de seus participantes, que visa a sanidade dos atos, a segurança e o mais importante: a consensualidade. Qualquer ato que não seja consensual não se enquadra no mundo BDSM, não se pode confundir a entrega envolvida na troca de poder com qualquer tipo de abuso ou violência gratuita.
  • SAFEWORD – Palavra de Segurança
    Palavra, ou gesto utilizados para o submisso informar que chegou ao seu limite, qualquer atitude tomada após a utilização deste meio pode ser considerado abuso.
  • RACK – Risco, Aceitação, Aceitação, Consensual.
    É um conceito mais atual no BDSM, surgido nos anos 90, e possui uma grande quantidade de ativistas. Acrônimo de RISK AWARE CONSENSUAL KINK, o que quer dizer, risco assumido consensualmente para práticas não convencionais. Nesse conceito responsabilizam-se os próprios participantes pelos riscos envolvidos. Seus adeptos acreditam que se trate de uma evolução do SSC, por trazer um realismo maior e mais rigoroso as cenas BDSM.

Após assimilar esses termos e suas aplicações, a visão da maioria das pessoas sobre o tema se altera, passa-se a enxergar o BDSM como algo sério e sobretudo seguro. Existe também uma liturgia dentro do BDSM, que nada mais é que as formalidades sociais dentro do meio. Há um relacionamento hierárquico, cerimonial que envolve desde sessões até os encoleiramentos, o que cria uma atmosfera ainda mais solene e respeitável no ambiente sadoamasoquista.

 

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *