Vida saudável

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Nunca pensei muito em vida saudável, sempre fui gorda, as vezes mais as vezes menos, mas sempre acima do peso. Isso já foi uma grande questão na minha vida, afetou bastante minha autoestima, mas hoje não me importo tanto. Todo aquele papo de boicote ao padrão de beleza realmente entrou na minha cabeça e hoje vivo bem com minhas gordurinhas.

Pra ler ouvindo “Não é proibido”,da Marisa Monte, se der. Se não, só lê

A questão para mim se tornou a saúde. Ter a tal vida saudável. Não sou mais nenhuma menina e alguns problemas começaram a aparecer, oriundos da alimentação desregrada. No último ano eu tive a garganta inflamada ao menos três vezes, urticárias sem motivo aparente, abcesso, refluxo e dores de cabeça. Pra mim isso não é nada natural, nunca fui de sentir muitas dores. Fim das contas, minha imunidade está baixíssima, e isso aliado ao stress e a ansiedade desencadearam uma cascata de doenças.

Daí pra frente precisei prestar mais atenção na alimentação. Eu amo comer e sou muito boa de prato. Não sou muito de doces, mas salgados são minha perdição. Por um outro lado, sempre gostei muito de legumes e verduras. Logo, a minha missão era:

  • Desencanar totalmente de doces, já que não ligo muito a meta era ser zero açúcar.
  • Retirar as “porcarias” da dieta. Adeus coxinhas, lanches, salgadinhos.
  • Incluir frutas, verduras e legumes em todas as refeições
  • Cuidar do tamanho dos meus pratos.

O começo foi desastroso, parecia que vida saudável não era a minha. Eu constantemente fugia para uma das minhas porcarias preferidas. Houve uma oportunidade onde eu comi dois pacotes de Ruffles de uma vez só, de pura ansiedade e desejo por sal. Até os doces começaram a me tentar um pouco. As frutas, verduras e legumes eu comia, mas junto comia frituras e tudo em muita quantidade. E o que acontece quando a dieta não da certo? Frustração. E a frustração me leva a que? Comer.

Fiquei durante algum tempo nesse ciclo vicioso. Me cobrava demais sobre não dar certo, me sentia bandida quando sucumbia aos ataques de ansiedade e de frustração. Eu via matérias de pessoas que seguiram dietas à risca e emagreceram, e me sentia muito incompetente.

Um belo dia me veio a sacada, eu não estava tentando emagrecer. Eu precisava, mas não estava tentando. Eu queria melhorar minha saúde, mas não queria ser saudável. Eu queria mesmo era chegar logo no objetivo para poder voltar minha vida de sempre. Percebi que a primeira coisa que deveria mudar era isso. Comecei a ler bastante sobre alimentação, sobre o quanto os industrializados nos fazem mal. Sobre as vantagens de uma alimentação saudável.

Eu entendi a alimentação. Entendi que aquilo fazia parte de um todo, que não era somente sobre não adoecer com facilidade, era sobre viver melhor mesmo. Claro que isso não foi uma mágica que me fez deixar de gostar do que eu gostava de comer. Eu continuo amando uma boa porcaria. A questão é que fiz delas algo para curtir as vezes. Priorizei as coisas que me faziam bem, e então as porcarias acabaram quase sem espaço.

Como eu disse, não existe mágica. Existe consciência e trabalho. Muito trabalho. De qualquer forma, algumas dicas me ajudaram a melhorar gradativamente:

Água: beba muita água. É clichê, mas a água é sua melhor aliada. Ela faz seu corpo funcionar melhor e mais rápido. E evita alguns ataques. Sentiu vontade de engolir um pacote de bolacha? Tome dois copos de água. Isso não vai ser prazeroso, mas vai tirar o espaço que a bolacha iria ocupar.

Leve lanches: Nunca deixe para comprar seus lanchinhos na rua. Quando você deixa pra passar na padaria para pegar peito de peru para comer de lanche, você se expõe ao pão fresquinho, ao sonho, a coxinha, etc. Evite o risco. No dia anterior monte sua lancheira com tudo aquilo que você quer e pode consumir ao longo do dia seguinte.

Substitua: Encarne a Bela Gil. Se você gosta muito de lanches, como eu, faça uma crepióca e recheie com frango, salada, palmito e até um queijo branco. Tem aspecto de lanche, tem gosto de lanche e é saudável. Se você gosta de doce, cozinhe uma maça e pingue um pouco de mel sobre ela. Enfim, conheça aquilo que você pode comer, e utilize para criar uma refeição que você gosta.

Respeite os horários: Coma de três em três horas. Faça disso sua rotina. Sua vida agora é isso, tem que comer de três em três horas, assim você evita sentir muita fome entre uma refeição e outra.

Encontre uma atividade que você goste: Sério, levanta desse sofá. Pode ser qualquer coisa, pode ser caminhada/corrida, natação, dança, luta. Qualquer coisa, mas encontre uma atividade que você goste mesmo de fazer e se joga. Vale também ir experimentando até encontrar. O importante é se mexer.

Não se culpe: Você não é uma máquina. Quando acabar cedendo, não se culpe. Entenda que você está num processo, e que falhas vão ocorrer. Se culpas e desesperar vão gerar frustração e ansiedade. Nós não queremos isso.

Isso foi como funcionou para que eu tivesse uma vida saudável, mas cada cabeça é diferente, cada corpo também. Comece tentando essas dicas, mas vá descobrindo como seu corpo se comporta e quais saídas são mais confortáveis e eficientes para você. Faça como fizer, tenha o peso que tiver: tenha uma vida saudável.

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