Pelo quê vale a pena viver?
Essas últimas semanas têm sido escuras. Muito escuras. Isso me leva a pergunta: Pelo quê eu estou disposta a viver? Mas nessas horas não consigo encontrar motivos para agradecer à vida.
Isso porque, nem sempre, temos tudo aquilo o que gostaríamos de ter, e isso se deve a toda uma sociedade que te impõe o que você deve fazer e como você deve viver.
Você está infeliz porque não ganhou presentes no aniversário; porque o dia dos namorados está chegando e você não tem um namorado(a); porque você teve dias estressantes no trabalho; porque você não trabalha no seu “emprego dos sonhos”; porque você não conseguiu sair para a balada que queria, etc.
São muitos os poréns da nossa insatisfação, mas você já parou para pensar nas coisas que tem e não olha com carinho pra elas?
Pois é. Eu tenho dificuldade de valorizar as coisas boas da minha vida quando as coisas ruins se sobressaem, mas não podemos nos esquecer delas, pois são elas que nos mantém firme, nesse universo marejados com nossas lágrimas de (in)felicidade.
Ontem eu tive um dia estressante no trabalho e resolvi fazer um happy hour com os colegas, costumamos nos reunir na casa de um deles para fazer uma roda de música.
Compramos algumas cervejas, e então nada importa além do que temos a proporcionar uns aos outros naquele momento. Montamos um ambiente agradável, escuro, com apenas uma luminária aquecendo o quarto.
Com uma pequena caixa de música, nós transformamos nossa noite em um arsenal de música boa, que nos faziam sentir coisas maravilhosas, que movimentavam nossos corpos sem que nos déssemos conta disso.
Você está um pouco embriagada, mas não de bebidas apenas, de sentimentos e energias que tomam seu corpo em ondas, de arrepios contínuos pela extensão do seu corpo, de sorrisos que escapam sem que você perceba, e então você se dá conta de que seu riso frouxo responde a sua pergunta.
E então o dia clareou…
Texto By Vitória
