Liderança | A diferença entre ser chefe e líder

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Liderança – há uma diferença entre ser líder e ser chefe?

​O que é liderança? Na minha vida conheci algumas pessoas as quais, pela admiração, eu seria capaz de seguir, de trilhar os mesmos caminhos. Normalmente são aquelas pessoas que tomamos por exemplo e não é incomum que sejam aqueles mais chegados a nós, como nossos pais, avós e etc.

Para além disso, contudo, há pessoas que são capazes de exercer uma forte influência sobre quem os cerca e nessas pessoas, muitas vezes, identificamos líderes.
​Infortunadamente, não é incomum que o conceito de líder se confunda com o de chefe, embora, realmente, um não decorra do outro necessariamente. Há chefes que são igualmente líderes, sendo seguidos por seus subordinados voluntariamente, pela obediência e confiança que decorrem do respeito, não do temor, da imposição.

Um líder não precisa ser aquele que dá o maior grito, papel que muitas vezes resta aos chefes que assim o fazem para esconder que pouco tem a oferecer.
​Há ainda aquele chefe que já foi líder um dia, mas que ou se perdeu pelo caminho, ou se deixou seduzir por outros valores menos nobres, de forma que perdem o que de melhor um funcionário pode lhes propiciar: o respeito.

Para quem um dia o admirou resta a decepção de ter sido ludibriado ou o arrependimento pela ingenuidade que acreditou sólido o que era gasoso. Particularmente eu não acredito que as pessoas mudem tanto para pior. Penso que se revelam, que demostram suas verdadeiras faces quando são colocados em situações nas quais a honestidade e a ética não garantiriam o melhor proveito econômico.

​Se um chefe ruim pode ser demitido, o estrago causado por uma liderança negativa é bem maior, como, a propósito, a história mundial bem demonstra, repleta que está de gente que propagando palavras de ódio ou incitando a histeria e loucura coletivas, acabou sacrificando a vida de tantas outras pessoas.

​Lideranças positivas, por outro lado, parecem ter menos seguidores, até porque usam de ética em suas exposições e, cientes que são de seus defeitos, de suas falhas, não seduzem ninguém com falsas promessas, tampouco se sustentam sob a ilusão.

Apenas quem de fato aceita o outro como é se torna capaz de aceitar um líder, alguém que abre o caminho, que orienta, que dá amparo e força quando necessário, que comemora os acertos como coletivos e que assume, se necessário, os erros que lhe competem.

​Engana-se quem pensa que um líder é apenas quem arrasta multidões consigo. São líderes que passam despercebidos do grande público que impulsionam o mundo, que tornam possível aquilo que não acreditava ser.

Liderar com responsabilidade é uma arte, uma dádiva que muitos pensam exercer, mas que poucos dominam com maestria. Os líderes se questionam, se decepcionam, sofrem, tem medo, mas nunca deixam de se colocar a frente de seu séquito nas batalhas da vida, desde as mais simples até as mais desafiadoras.

Um líder jamais é um covarde, um hipócrita, um falso. Para esses, vez ou outra, estão reservados outros tantos cargos…

​Não sei se precisamos de um líder para sermos capazes de seguir adiante, mas que faz muita diferença ter um em cujos juízos de valor acreditamos, a quem perdoamos os erros que buscam ser acertos, aos quais devotamos nosso coração, nosso rumo, nossa história, isso faz.

Assim, termos uma liderança positiva pode ser uma luz verdadeira nesses tempos de escuridão moral, cívica e de solidariedade. Resta-nos a esperança de que os bons líderes, ao menos na política, não sejam seres em extinção…

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