Então é DIA DO TRABALHO… e o que é TRABALHO?

O que é TRABALHO?

Trabalho desde os 15 anos. Pode me chamar de louca: eu AMO trabalhar.

Eu gosto de me ocupar, de ser uma pessoa associada ao trabalho, de construir um percurso de habilidades e conhecimento, de me perceber melhorando em algumas coisas, tendo que melhorar em outras, dando um banho e sendo fera em pouquíssimas e podendo ajudar outras pessoas, incentivando-as a começarem a se ocupar delas mesmas e das coisas que elas querem colocar na vida delas.

Vamos às definições de trabalho, vejamos qual faz mais sentido para você…

Tem as que vão para o lado de que se trata de uma atividade que tem como objetivo garantir a subsistência. Essas definições ficam um pouco atrapalhadas porque há coisas como o trabalho doméstico (realizadas por dono ou dona de casa) ou o trabalho voluntário, que parecem que mesmo tendo outra palavra para especificar, desfazem a percepção de que o trabalho, sozinho, por si só, garanta subsistência.

Tem as que vão na direção de que são atividades produtivas e/ ou criativas que alguém realiza com determinado fim.

E tem as que pegam a linha de serem simplesmente um sinônimo de ATIVIDADE. Eu gosto assim 🙂 porque fica tudo mais aberto, com mais possibilidades, menos vinculado só ao ganha-pão, à finalidade, à produtividade, mas pode abrir um espacinho para coisas como o talento, a curtição ou a marca (estilo) pessoal também.

 Sou de uma época em que se falava: “estuda tãnãnã que dá dinheiro…”

Agora a coisa mudou, e muito. O fato de todo mundo viver meio pendurado nos boletos, de certa forma, nos dá alguma liberdade. A tatuadora, o médico, a advogada, o marceneiro, a dona da loja, o dentista, a diretora de marketing ou o cabelereiro podem estar igualmente pendurados nos boletos, podem estar super tranquilos de grana ou no cheque especial. Já faz tempo que isso não é sobre a atividade que a gente desenvolve.

A globalização, junto com a tecnologia e mais um monte de outras coisas colocaram a gente com a mesma chance de pendura. (Lógico que a gente não está incluindo aqui aquela minúscula porcentagem da população que pode fazer qualquer merda na vida, que não precisa trabalhar, e que não vai nem ver, nem ter contato com os boletos.)

Temos algumas certezas duras que nos garantem a liberdade de aumentar a possibilidade de escolhas de atividade: a certeza de que morreremos estudando, aprendendo e nos atualizando, a certeza de que não iremos nos aposentar, e a certeza de que faremos conta para fechar o mês até o fim da vida.

Parece muito duro, mas é o que tem garantido pessoas repensarem suas atividades aos 40, 50 ou 60 anos. Tudo indica que vamos durar bastante, uma vez que a expectativa de vida só faz aumentar. Então, tratemos de nos ocupar de coisas que a gente minimamente curte, que a gente acha que manda bem, que a gente acha que gera algum benefício para a polis, e que vai garantir uma merendinha no fim do mês.

Nós não vamos dominar o mundo. Nós não seremos o próximo milionário do bairro (os adeptos dos coaching de prosperidade e sucesso já pensaram aí “quem disse que não?”).

Não estou me referindo apenas a profissionais liberais, mas a profissionais corporativos também. Dos 30 anos que tenho de trabalho, 20 foram ligados a alguma instituição e desses, 10 foram em ambiente corporativo (os outros 10 em instiuição de ensino ou saúde). E eu acredito PROFUNDAMENTE que mesmo numa posição institucional corporativa você tem como ir plasticamente se experimentando, ganhando confiança no seu trabalho e encontrando um estilo SEU, deixando a sua marca, colocando a sua assinatura em equipes por onde você passa, em vínculos que você estabelece, obtendo como consequência mais prazer e mais reconhecimento.

Portanto, tratemos de trazer valor e paz para nossa vida e para a de quem está ao nosso redor, pertinho, aqui do lado da cerquinha. Pra mim, é sobre isso que é o trabalho hoje. Pensar globalmente, agir localmente.

Se quiser falar comigo, clica aqui no direct no Insta: @apsicanalista

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(Fonte da Imagem: Google)

 

 

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