Como ajudar os filhos na preparação para o vestibular

Na época de preparação para o vestibular os estudantes ficam ansiosos, cansados, cheio de conflitos. Enquanto isso os pais, frequentemente se sentem impotentes em relação ao desempenho dos filhos, o que também não é nada tranquilizador.

Nesse período, é normal que a família se preocupe em auxiliar o adolescente, e o apoio pode ajudar muito positivamente no desempenho do aluno!

Equilíbrio entre indiferença e pressão

Muitos pais acabam pecando pelo exagero exercendo uma cobrança excessiva o que pode prejudicar os estudantes devido à pressão sufocante ou, no outro extremo da balança, deixar os vestibulandos tão livres que pareçam ser indiferentes a seu futuro.

Para encontrar o equilíbrio entre essas duas posturas, é preciso entender que os alunos já sofrem uma pressão gigante! É da escola, dos amigos e, inclusive, de si próprios. Por isso, o papel dos pais não deve ser de supervisionar, questionando cada minuto que os filhos não estão dedicando aos livros ou mesmo o ameaçando no caso de uma reprovação. Por outro lado, não mostrar nenhum interesse em relação ao vestibular pode dar a impressão de que os pais não acreditam na capacidade dos filhos ou não estão dispostos a ajudá-los.

Sendo assim, o caminho ideal passa por, antes de mais nada, confiar na capacidade dos filhos.

Confiança ao invés de controle

Essa é uma das tarefas mais difíceis para quem é pai ou mãe e está ansioso em relação ao resultado dos filhos no vestibular, mas também é uma das mais necessárias. Para conseguir apoiar os estudantes nesse momento, é preciso aceitar que não é possível controlar seu desempenho. Afinal, por mais apoio que os pais ofereçam, a responsabilidade sobre as notas é apenas dos vestibulandos. No lugar disso, os pais devem acreditar que os filhos são capazes de se preparar para a prova, mostrando-se abertos para ajudá-los no que for preciso (escolhendo um cursinho pré-vestibular, por exemplo), sem agravar a cobrança a que eles já estão submetidos.

Além de ajudar a diminuir o estresse enfrentado pelos estudantes, essa atitude também fortalece o elo entre pais e filhos, permitindo que os vestibulandos sintam que podem contar com o apoio de seus guardiões, tirem força de sua confiança neles e, assim, exponham suas dificuldades honesta e livremente.

Compreensão na organização da rotina

Outra contribuição importante que os pais podem fazer no que se refere à preparação de seus filhos para a entrada no ensino superior tem a ver com a organização de sua rotina de estudos. Mais uma vez, não cabe aos progenitores controlar cada minuto do dia a dia dos filhos, mas sim respeitar essa rotina.

Deve-se entender que, no ano da prova, é possível que os adolescentes não participem tanto das tarefas domésticas, não estejam presentes em todos os encontros de família e até mesmo que demonstrem cansaço e indisposição para certas atividades. Aqui, assim como em outras situações, é interessante conversar com os vestibulandos para que eles não tenham seus estudos prejudicados, mas também não se isolem completamente da família.

Apoio para o bem-estar emocional

Não é incomum que, em meio ao estresse da preparação para o vestibular ou para o ENEM, com simulados, exercícios do cursinho, aulas em horário estendido na escola e a autoexigência para dar conta de tudo isso, os estudantes se esqueçam de cuidar da própria saúde, priorizando os estudos sobre seu bem-estar.

Nesse contexto, é fundamental que os pais os ajudem, oferecendo refeições regulares e nutritivas em casa, contribuindo para que consigam manter boas noites de sono, incentivando a prática de atividades físicas (algo essencial tanto para o alívio da tensão quanto para a memorização do conteúdo estudado) e até promovendo momentos de descontração e relaxamento para que os filhos consigam descansar.

Abertura para ajudar sempre

Acompanhar esse passo tão essencial na vida dos filhos sem se deixar levar pela ansiedade não é nada fácil. No entanto, em um momento tão delicado, não é hora de deixar a exigência e a rigidez falarem mais alto, mas sim de fortalecer o relacionamento, confiar no que foi construído até então na educação dos filhos e, acima de tudo, abrir-se para apoiá-los no que for preciso.

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