Viagenzinha de férias com o bebê

Primeira vez que o pequeno entra em férias da creche e bate aquele desespero. O que fazer? Será que rola uma viagenzinha? Será que ele aproveitaria? E nós, os pais, descansaríamos ou nos estressaríamos? Chegou a hora de descobrir!

Consegui dois dias de folga no trabalho e juntamos com o fim de semana, o que resultou num passeio de três noites. Parece pouco? Acho que foi na medida! Na verdade, por um erro de principiante, a certa altura eu quis até voltar antes, vê se pode… Felizmente não desistimos, e valeu muito a pena.

Pra onde ir?

Foi nossa segunda viagem com o bebê, mas a primeira a três, apenas, e para um lugar que não conhecíamos. Os critérios para a escolha do destino, confesso, mudaram um pouco: agora, uma estrutura que inclua espaço específico para as crianças pode ser um fator decisivo. No nosso caso, a foto de uma brinquedoteca é um atrativo quase irresistível! E assim foi. Depois de algumas buscas, aproveitamos uma promoção em um site de compras coletivas e fechamos a reserva num hotel-fazenda chamado Sítio Castelinho.

Localizado próximo a Cesário Lange, cidadezinha a cerca de 150 quilômetros da capital paulista, o espaço oferece a hospitalidade interiorana aliada a uma estrutura muito bem cuidada. A proposta não é de luxo, mas de acolhimento e sintonia com a natureza. Tudo de que precisávamos! Além da pensão completa, claro, já que marido (o cozinheiro daqui de casa) poderia se libertar por alguns dias das obrigações no fogão! Hehe…

Mudança de ares

Chegamos no fim da tarde de sábado e, ao anoitecer, uma surpresa: em vez de um jantar convencional, festa junina! Tinha bandeirinha, uma fogueira imensa, música caipira e delícias aos montes: de churrasco, torta e cuscuz a arroz-doce e canjica, entre tantas outras coisas. Ok, não foi um jantar dos mais nutritivos para o pequeno, mas estava tudo ótimo! Houve até casório, só que dessa parte tivemos que abrir mão. Pequeno estava cansado, nós dois idem.

A primeira noite não foi exatamente tranquila. Bebê acordou, chorou, mamou, dormiu, acordou, temi pelos vizinhos de quarto e acabamos, eu e ele, deitados abraçadinhos (milagre!) numa das duas camas de solteiro que o quarto continha além da cama de casal. Marido pelo menos teve mais espaço, mas a verdade é que nenhum de nós descansou o bastante.

Bom, foco no clima de férias e ‘bora tomar o baita cafezão do sítio. Não sem antes admirar aquele amanhecer delícia, ver a névoa ainda encobrindo o horizonte enquanto o sol começava a surgir. Sim, porque o café era servido a partir das sete horas, e bem antes disso já estávamos de pé. Bebê-despertador.

Bem alimentados, saímos a caminhar pela propriedade com o bebê no carrinho, já prevendo o sono que viria. Muito verde, vaquinhas, cenário bucólico. Sonho. E depois de se deslumbrar com florzinhas e bovinos, eis que bebê dormiu e nós, mais que depressa, pusemos em prática aquele consagrado mandamento da maternidade/paternidade. Corremos de volta para o quarto e dormimos também.

Ao longo do dia fomos ver os cavalos do sítio, os cabritos, as galinhas, andar pelas áreas verdes e em volta da piscina (férias de julho, né, gente? Tava frrrio e, apesar de a piscina ao ar livre ser aquecida, nem a pau que entramos na água). Ponto alto da nossa experiência como pais de um bebê de um ano e três meses, fomos à desejada brinquedoteca! Bebê curtiu de cara, explorou um monte e aproveitou bem, sucesso! Vale dizer que o fato de ele ter aprendido a andar recentemente fez toda a diferença! Viva!

A grande lição

A segunda noite foi pior que a primeira. Bem pior. E num certo momento virei pro marido e disse, no auge do desespero e do cansaço: “Não quero passar outra noite aqui…”. Nenhum problema com o quarto, com as instalações, com o atendimento, com as refeições, pelo contrário, estava tudo ótimo e nos sentimos muito bem recebidos. Mas uma terceira noite daquelas eu não ia aguentar mesmo.

Por sorte não fomos embora. Conversando por acaso pelo WhatsApp com uma amiga, mãe de uma linda menina alguns meses mais velha que nosso pequeno, comentei que podia ser dente nascendo (os do fundo não dá pra enxergar quando nascem, e aí…). Já íamos até a cidade (a apenas alguns minutos do sítio) pra comprar analgésico, e ela sugeriu comprar também Nenêdent, que tínhamos deixado em casa.

Lição aprendida: nunca, em hipótese nenhuma, viajar com o bebê sem carregar uma farmacinha na mala com os itens mais básicos. Analgésico, antitérmico, pomada contra picada de insetos, Camomilina e Nenêdente para o caso de dentes nascendo, e por aí vai.

E assim nossa última noite foi um pouco melhor. Ufa…

Saldo positivo

Apesar das noites maldormidas, foi uma delícia mudar de ares, levar o pequeno para um espaço cheio de verde, colocá-lo em contato com animais (ele amou os cachorros soltos pela propriedade!) e não termos que nos preocupar com as refeições, que estavam saborosas. Foi um tempo muito gostoso em família!

Para crianças mais velhas, há ainda mais opções (inclusive monitores — os “tios” — para envolver a molecada em variadas atividades ao longo dos dias), mas mesmo assim nosso pequeno se divertiu bastante. Para os adultos que quiserem, também tem passeio a cavalo, massagens relaxantes, sala de jogos e atividades esportivas, opções que acabamos não experimentando, mas que certamente tornam a estadia ainda interessante. (Algumas delas são pagas à parte; verifique antes.)

Aos que têm crianças, é sempre bom reforçar: farmacinha na mala já! Fora isso, é aproveitar cada instante pra sair da rotina e mostrar aos pequenos as coisas boas que esse mundão pode nos oferecer!

Serviço

Sítio Castelinho

Telefone: (15) 99831-1181

Site: http://sitiocastelinho.com.br/

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