Tomar as rédeas da própria vida

Cavalo na natureza

Você já parou para refletir quantas das suas escolhas são conscientes e te fazem bem?

 

As repetições cotidianas, quase automáticas, ganham espaço em nossas vidas como mantras que aprendemos desde cedo a repetir. O sentido da vida de cada um torna-se engessado dentro de um molde impessoal. É a tentativa de agradar a nosso círculo social sem prestarmos atenção em nossas habilidades e gostos. Frequentemente não sabemos como tomar as rédeas da própria vida.

Eis que o vazio se instala no peito.

Em algum momento o coração implora por algo mais e surgem questionamentos sobre o que realmente se quer, sobre as proibições e permissões concedidas e se elas são mesmo reais.

Percebo cada dia mais que as proibições e obrigações, através da angústia que me causam, me mostram claramente que estou tentando me encaixar em um lugar onde não caibo. E que não preciso caber.

Se o trabalho te adoece, se a segunda-feira é extremamente sofrida, se você se sente podado, mutilado em algo que é seu, será que não está no lugar errado?

Claro, as necessidades básicas não tiram férias, mas sabe aquele sonho na gaveta, aquele talento que ninguém incentivou você a aprimorar porque “isso não dá dinheiro” ? Talvez seja hora de traçar um plano para chegar a um novo lugar com o qual você se identifique genuinamente.

Aristóteles defendia que a felicidade é o pleno desabrochar da natureza de quem vive. Eu ouvi essa frase em uma palestra na faculdade, em um momento de total desencanto com a área que escolhi. Isso me fez refletir sobre como estamos quase todos nos arrastando pelo dia, semana e mês, ano após ano, atrás de uma felicidade que não chega.

Certo é que os clichês estão corretos, a felicidade é agora. Por isso é preciso tomar as rédeas da própria vida e mudar a trajetória quando a felicidade é sempre deixada para um futuro que raramente chega.

Ao ver a felicidade não como um destino mas sim como encontros diários disponíveis para aqueles que caminham dispostos a fazer escolhas que os aproximem dessa plenitude, poderemos enfim viver o precioso momento em que estamos.

Sei bem que não é fácil começar a enxergar uma vida diferente, por isso deixo algumas perguntas que funcionaram para mim. Recomendo até que sejam escritas junto com as respostas numa folha em branco, para organizar melhor suas ideias.

  • Quais sentimentos predominam no meu cotidiano?
  • O que eu sinto prazer em fazer?
  • O que eu faço apenas por obrigação? Será que tenho mesmo essas obrigações?
  •  Se eu pudesse não me preocupar em ganhar dinheiro, com o que me ocuparia ? Será que realmente não é possível ganhar dinheiro com algo relacionado a essas atividades?
  • Quais as minhas afinidades e habilidades?
  • O que me prende a situações, lugares e pessoas que me entristecem? Quais as possíveis alternativas ?
  • Estou pensando em mim ou nos outros?

Apenas se questionando você saberá para onde se movimentar e quais as mudanças necessárias.

É importante estar ciente também que o cansaço virá. Problemas não deixarão de surgir. A diferença é que estando em um lugar construído através de seu próprio pensar, há um prazer na superação. A sensação de estar se desafiando a cada dia. Algo bem diferente da sensação desgastante de apenas ter sobrevivido a mais um dia duro.

Um lugar bom de se estar existe. Um trabalho que se gosta também. É possível viver entre alegrias e dificuldades sem que os problemas te paralisem, sem que deixem em você o sentimento de estar vivo mas ao mesmo tempo morto para as suas potencialidades.

A vida é curta demais para ser feliz apenas aos finais de semana.

Se permita reinventar, renascer e se recriar.

 

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