O suicídio é uma das 10 maiores causas de morte em todos os países. Em relação aos jovens, os índices de suicídio têm aumentado significativamente, principalmente em países como Austrália, Canadá, Kuwait, Nova Zelândia, Sri Lanka e Reino Unido. No Brasil, a taxa de suicídio em jovens entre 15 a 24 anos aumento 20 vezes de 1980 para 2000, principalmente entre homens. Com maior incidência de casos de suicídio em onze capitais brasileiras (Belém, Fortaleza, Natal, Recife, Belo Horizonte, Vitória, Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre).
Nos últimos 10 anos, têm aumentado as taxas de tentativa de suicídio e suicídio consumado em jovens. O suicídio é hoje a terceira causa de morte na adolescência e a tentativa de auto-exterminio a principal causa de emergência psiquiátrica em hospitais gerais. Em média, um único suicídio afeta outras seis pessoas.
Talvez o suicídio na adolescência, ocorra porque é um período de transição, de transformações e de inúmeros conflitos internos, e por isso existe um maior risco de depressão, transtorno bipolar e de ceder a pressões impostas pelos outros ou pela sociedade.
O jovem que pensa um tirar sua vida, acredita que não existem soluções para os seus problemas, e normalmente dá sinais de um desequilíbrio emocional, mas que podem passar despercebidos por familiares e amigos. No entanto, existem alguns sinais que podem indicar que o adolescente está pensando nessa possibilidade.
Veja os 5 sinais que podem indicar o risco de suicídio:
TRANSTORNOS DO HUMOR
98% das pessoas que cometem suicídio apresentam algum transtorno mental à época do Suicídio. Os transtornos mentais mais comumente associados ao comportamento suicida são depressão, mania ou hipomaníaca, ou ciclagem rápida e transtornos de conduta.
Mas crianças e adolescentes com humor irritável, agitação psicomotora, delírios, crise de violência súbita e alucinações auditivas também apresentam alto risco de suicídio a curto prazo.
Num estudo com adolescentes deprimidos, houve 50,75% de tentativa e 7,7% suicídios cometidos. Em Adolescentes com transtorno bipolar notaram sérias tentativas de suicídio em 20,4% dos pacientes, principalmente naqueles com pouca adesão ao tratamento.
Pacientes com Transtorno bipolar apresentam risco 10 vezes maior do que a população normal de cometer suicídio.
DEPRESSÃO
A depressão é a principal causa do suicídio na adolescência. O jovem deprimido prefere ficar sozinho do que sair com os amigos e sentimentos como tristeza e solidão favorecem os pensamentos e o planejamento do suicídio. Não ter um bom amigo ou namorado para conversar, que seja capaz de mostrar compreensão e compreender suas dificuldades, fazem com que a vida seja mais pesada e difícil de suportar.
SOLIDÃO
A solidão é uma das queixas mais recorrentes na tentativa de suicídio. Adolescentes comumente sentem-se isolados – mesmo rodeados de amigos. O sentimento de incompreensão, medo de julgamento e não pertencimento ao grupo, gera angústia profunda. O silêncio funciona como uma “máscara” que encoberta a dor profunda e a vergonha sentidas.
Sinais que devem ser percebidos:
- baixa auto-estima,
- tristeza,
- perda de apetite,
- desânimo e
- apatia.
BULLYING
Pesquisas demonstram que casos ocorridos com crianças e adolescentes que sofreram violência física e/ou psicológica por um grupo de indivíduos (pode ser na escola, no bairro ou outro local) e cometem suicídio tem aumentado.
Como resultado do processo de bullying, a pessoa passa a ter ansiedade, depressão e pânico. Podendo até mesmo começar a utilizar álcool e outras drogas como válvula de escape. A vítima de bullying sente medo constante por sofrer ou tentar evitar esses atos de violência, levando à tristeza e pressão por receio de contar aos familiares e amigos seu sofrimento.
ABUSO DE DROGAS
Estudos mostram que pessoas que cometeram suicídio quase 60% abusavam de drogas e 84% de álcool e outras drogas. O abuso destas substâncias faz com que estas pessoas fiquem deprimidas (outro fator já abordado como desencadeador do pensamento suicida) entrando assim em um ciclo de depressão, para fugir da depressão recorre as drogas. A saída deste ciclo pode ser encontrado no suicídio.
Mesmo que, em muitos casos, o abuso de drogas parece ter aparecido antes de problemas psicológicos. Jovens, com menos de 30 anos, usuários de drogas que cometem suicídio tem uma freqüência maior do que a prevista de conflitos interpessoais intensos ou de perda de um cônjuge ou parceiro nas semanas que antecedem o suicídio.
A função deste artigo é alertar pais, familiares e pessoas com contato com adolescentes para que fiquem atentas e busquem auxiliar e não julgar!
