Sobre o que só eu sei de nós dois…

Eu sei que algumas coisas ficaram subentendidas porque seu maior medo era que eu escrevesse sobre você e não usasse seu nome. Saiba que, por fim, foi inevitável.
Fomos “nós” e continuamos sendo. Em curtas temporadas que me proporcionam te sentir um pedaço de mim, mas te levam com a mesma facilidade. Exatamente. Logo você que dizia procurar calmaria e certeza para se ancorar de vez em quem te queira bem. Como há de querer? Não está mais aqui. Embora eu te queira tão bem também, somos instantes. Te calculo em mim e projeto incansavelmente pedaços de dias bons que sonho ter e te incluo neles. Não me leve a mal.Eu te pedi para não me olhar nos olhos, porque perceberia que minha alma transborda de vontade de ter por mais tempo. Embora isso não aconteça, dois ou três dias se tornam suficientes para  lembrar que  preciso te libertar. Assim, talvez, daqui a alguns meses role a sexta ou sétima temporada do “vai que você decide ficar dessa vez”.

Odeio calor. Odeio sol. Odiaria o verão se você não tivesse incluído uma vírgula no meio de todo o ódio para me fazer sentir essas coisas clichês que todo mundo diz quando – meio que– está apaixonado por alguém. Estou inteira. Sou inteira com você porque não posso contar com a sua metade agora e talvez nunca possa contar. Te entendo. São essas âncoras erradas que a gente insiste em jogar ao mar no momento errado que nos fazem pensar assim.

Era para tudo isso ser calmaria e se transformou em medo. Era para serem seus amores e se transformaram em lembranças. Mas as lembranças magoam na mesma intensidade que nos alegram, meu bem. Pode ser que descubra em breve que você precisa se libertar de algumas e incluir novas. Vai ver nem todo mundo é igual, sabe? Queria te ver de novo. Queria te dar de presente mais uma asa para colocar no teu cordão do pescoço -a propósito, ele ficou ótimo em você! Diga para o seu amigo que o significado é bárbaro. – Te daria outra porque pessoas que nos levam as nuvens merecem ter duas lindas asas sempre voando o mais alto que puderem. Para que repitam a dose. Seja com a gente ou com quem estiver precisando. Talvez você seja meu anjo. Talvez essas asas te trouxessem para mais perto. Talvez o universo também te odeie amanhã, mas lembre que eu ainda estou aqui.

Cabe você em cada vão meu. Cabe você nos planos de todos os domingos. Te incluo no doce e no amargo dos dias. Transformo você no meu sabor preferido de cada um, se você quiser. Mas pensa…Pensa que a gente muda. A gente unifica o endereço se for preciso. Pensa direito porque faz tempo que eu não quero pousar no peito de alguém, mas, quando trata-se de você, parece que eu simplesmente preciso pousar agora. Não tenho medo de te pertencer, meu bem. Me pertença também. Venha quando quiser contanto que seja logo. Transforme o aqui em qualquer lugar que você estiver e o agora em todos os próximos instantes da minha vida.

2 thoughts on “Sobre o que só eu sei de nós dois…

    • Bia Giglioli says:

      Obrigada pelo comentario rs
      As vezes ficar apaixonada rende alguma coisa né? rs
      Continue acompanhando os textos e caso quiser bater um papo é só chamar!
      Beijão!

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