Está no nosso sangue sentir. Ainda que seja depois de uns goles a mais. Ainda que seja em silêncio. Ainda que seja sem querer.
O problema é que a gente não sabe lidar com essa odisseia de sentimentos desenfreados.
As vezes a gente faz com que as pessoas se afastem sem perceber. E não, não é obrigação delas estarem lá quando você decidir que a vida não é só uma miragem e que você não é o protagonista daquele filme American Pie. Elas não são obrigadas a estar dispostas acolhendo o que você se propôs a sentir agora, depois que elas já seguiram a vida transformando todas as suas negativas em possibilidades. Você não tem mais o direito de mandar indiretas para quem já foi direto demais com você um dia, mas por culpa exclusivamente sua não foi levado a diante.
Parem de fazer com que as pessoas que seguiram em frente se sintam culpadas pela tua falta de maturidade emocional. Não é errado que não queiram mais te levar a lugar algum, muito menos a sério.
Chega uma época em que as pessoas cansam de ser Porto Seguro para quem nunca quis a calmaria de ser somente chegada com sorriso no rosto. Não tem nada errado em querer viver na tempestade. Mas as vezes o que te desafia tira a paz do outro. E vice-versa. As vezes a gente só precisa motivar o outro a ser feliz, para instantaneamente, sentir que temos que cumprir o mesmo legado.
No final das contas, você já sabe o que quer ter nas mãos quando faz um pedido. Antes mesmo de ler o que determina a composição no rótulo. Falta tolerância e paciência para tudo o que não temos coragem, ou tempo de ser e experimentar. Então tenta não se desesperar com relação a tudo o que te fizer sentir infinitamente sem entender o conteúdo. Geralmente as coisas novas e boas não tem a pretensão de ser tão entendidas assim no comecinho.Recomeços são processos de constantes de cura. A gente só precisa ser ousado o suficiente para ter coragem de agarrar o que nos fizer sorrir.
imagem: @umcartao
Show, esse