Relacionamento abusivo: quando seu sonho vira seu pior pesadelo

Senta que o texto é longo, leia com paciência, se você já passou por um relacionamento abusivo, conhece alguém que passa por relacionamento abusivo, não entende o que é co-dependência, esse meu relato pode te ajudar a compreender que algumas vezes amar, pode ser a pior coisa que já te aconteceu.

Revirando meus diários da adolescência dias desses, eu achei um texto em que escrevi: Eu acho que é melhor ser sozinha. Não que eu pense que seja mais fácil ser sozinha, é que e se você encontrar alguém para amar? E você gostar de amar? E depois não ter mais esse amor? Esse é um tipo de dor que se pode suportar? Você sobrevive a esse tipo perda?

Pois bem, pouco mais de um ano depois de escrever isso eu encontrei o amor. E eu descobri que gostava de amar.

Sempre gostei de homens mais velhos, ele é 13 anos mais velho que eu. Não é tatuado nem cabeludo como nos meus sonhos, mas vivia de camiseta de bandas de rock, tinha banda, toca contrabaixo e gosta muito de música, livros, tem um papo maravilhoso, era carinhoso, prestativo, presente. E eu me apaixonei.

Ele, engenheiro, tinha casa, carro, trabalho, falava outras línguas, já tinha viajado muito, desde cedo morava sozinho. Eu estava no segundo ano da faculdade, fazendo cursinho de inglês. Éramos bem Eduardo e Mônica do Legião Urbana. Eu absorvia o máximo dele. De todos os assuntos, de tudo que ele tinha para ensinar. Ele é fascinante, inteligentíssimo.

Ele falava de filhos, família. Tem um dom natural para atrair crianças. Já tinha escolhido os nomes dos futuros filhos. Espírita, se dizia apaixonado pela vida. E eu acreditei. Em tudo. Ele ajudou a criar a sobrinha/afilhada, falava dela com o maior amor do mundo. A primeira vez que foi a minha casa, viu uma foto minha de bebê: Eu quero uma assim! Igualzinha a você! O nome, era o feminino do nome dele

Passávamos o tempo todo se falando (bendito msn!), quando ele saia do trabalho, era por telefone. Minha semana baseava-se em esperar a sexta-feira chegar para estar com ele. Como eu o amava. Ele também parecia me amar. Todos os momentos com ele eram especiais, passados 12 anos desde que nos conhecemos, eu ainda posso descrever as roupas que usávamos no dia do primeiro encontro, o frio que estava na pista de gelo do Morumbi Shopping e a garoa fina que caia naquele 12 de fevereiro de 2.005.

O tempo passou, meu amor por ele só aumentou, ele falava em casamento, viagens, filhos. Os gostos eram os mesmos. Acompanhei amigos dele casando, ele dando apoio e aconselhando um ou outro que a namorada havia engravidado… Você precisa casar com ela! Não pode abortar! É uma vida! No final vai dar tudo certo! Fica calmo, vamos dar um jeito! Eu não poderia estar mais segura, ele era um homem bom!

Eu ignorava os atrasos. Ignorava o fato de chegar na casa dele e ele desligar o telefone (só fui me atentar a isso quando minha prima perguntou o porque daquilo), ignorava os feriados que ele passava em outro lugar (a família mora no interior, eu achava que ele iria pra lá). Ele foi dando brechas, muitas. Mas eu estava apaixonada, eu acreditava nas desculpas dele.

Afinal, ele era bom. Ele não me faria nada mal.

Com 4 anos de namoro eu engravidei. Fiquei apavorada. Mas, tudo bem. Ele era o cara! E como sempre dizíamos um para o outro, vai ficar tudo bem! Vamos dar um jeito! Mas não ficou. Por uma semana ele quis o filho, depois, ele mudou de ideia. O filho não era dele. Eu ia precisar parar de estudar para ter o filho e cuidar dele. Ele não tinha condições de cuidar de nós. Eu ia matar meus pais de vergonha, filho fora do casamento: Eu quero fazer tudo certinho, Sá. Pedir sua mão para seus pais, ter primeiro a nossa casinha, não assim. Começou a me pressionar e coagir a tirar. Ele sabia do medo que eu tinha de contar aos meus pais e foi usando isso também: Sua mãe vai te matar (nosso relacionamento não é bom e ele usava isso para me amedrontar). Seu pai vai ficar arrasado, ele vai acabar comigo! Eles vão te colocar pra fora de casa! Não vão mais falar com você! Eu dizia que não ia tirar. Dei a opção de ter o bebê e colocar para adoção, ele não aceitou. Pedi para ir comigo falar com meus pais, eles iriam nos ajudar: De jeito nenhum! Eles vão acabar comigo e com você!

Quando bati o pé e disse que não tiraria, ele respondeu: Ok. Sua mãe é advogada, quando nascer fazemos DNA, se for meu eu pago pensão, mas você nunca mais irá ver a minha cara. E sumiu. Não atendeu mais telefone, me bloqueou em msn, email. No desespero eu aceitei fazer o que ele queria. Eu estava sozinha. Não tinha ninguém pra pedir ajuda, pedir um conselho que fosse. Em menos de uma semana ele arrumou tudo. Médicos, remédios, hospital. Hoje eu acredito que pela agilidade em que ele resolveu tudo, ele já deveria ter feito isso outra vez.

Veio na minha casa com os remédios, só foi embora depois de ver que eu os usei. Eu morrendo de cólica e com hemorragia liguei pra ele, que estava dormindo, tranquilamente. De manhã fui tomar banho, pedaços do meu filho caíram no box enquanto eu tomava banho, precisei pegar e jogar fora. Liguei pra ele chorando, contando o que aconteceu: Sá, era só uma célula! Essa célula tinha coração, corpo, alma. Onde foi parar o discurso espírita dele? Onde foi parar a moral que ele pregava aos amigos?

Uma semana depois fui fazer a curetagem. O médico não esperou nem me anestesiar direito e já enfiou a cureta em mim, a dor foi lancinante. Lembro do médico falando para o anestesista cobrar mais mil reais pela anestesia. O anestesista disse: Ele vai pagar?

– Vai sim! Ai dele se não pagar!

Voltei para quarto. Ele todo feliz no telefone com alguém e com o notebook no colo assistindo um filme. Ele comprou os remédios, ficou com o laudo da internação e procedimentos, recibos, receituário. Eu tinha que fazer repouso, não pude. Eu não podia deixar ninguém saber. Afinal, era um segredo nosso. Logo logo íamos casar. Logo logo ele me daria outro filho.

Por falta do repouso tive complicações, febre, infecção, fiquei mal. Mas tive que me virar sozinha. Ele foi viajar com a empresa, passar 3 dias em um resort em Ilha Bela: Aqui é lindo! Eu vou te trazer um dia! E eu de cama me recusando ir ao médico para ninguém saber o que eu tinha. Dias depois ele mudou a foto no Skype. Ele na beira da piscina tocando violão com várias mulheres em volta.

Voltou, esperou cravado os 15 dias de resguardo e já me levou para um motel. Me recusei, mas ele falou tanta coisa mais tanta coisa, que cedi. Me senti mal, desrespeitada, violado, mas ele é o cara que eu amava, ele não estava fazendo nada mal, relacionamentos são assim (eu acreditava).

Ele não pagou retorno no médico. Ele não pagou nenhum tratamento psicológico pra mim. Nenhum exame. E o inferno começou. Qualquer coisa, que fugisse do que ele queria era motivo de terminar. Não era nem de briga. Era terminar mesmo. Eu sou traumatizada até hoje. Ainda passo mal em ver mulheres grávidas. Tenho pesadelos recorrentes em que estou pegando os pedaços do meu filho e jogando fora. Saio nas ruas e fico olhando a carinha de meninos com 8 anos aproximadamente, imaginando como seria o meu.

Eu fazia de tudo para agradá-lo. Enchia ele de presentes, levava para viajar, pagava os passeios, comemorava cada vitória dele em restaurantes, churrascarias. Fazia doces e comidas que ele gostava. Me interagia com as coisas que ele gostava para ter assunto. Tudo para agradar. Tudo para fazer ele feliz.

Sempre falamos de casamento. Amigas minhas da faculdade seriam minhas madrinhas. Uma delas num domingo me ligou: Sá, você está com o …? Não, por que? Porque estou num restaurante mexicano perto de casa e o … está aqui com uma japonesa.

Eu tinha todas as senhas dele, só de um email eu não tinha, mas consegui recuperar a senha desse email através de outro email. Ele estava com ela há dois anos. Cada email que eu lia entre eles, destroçava minha alma. As palavras de carinho, as brincadeiras que ele usava comigo, também usava com ela. Eu liguei para ele, eram quase 4 horas das manhã, ele veio até minha casa. Saímos para conversar, foi aí que veio a primeira agressão. Ferimento de defesa, no carro ele veio pra me bater e coloquei o braço esquerdo na frente. Uma semana com o braço na tala mais um monte de remédios para dor e inflamação. Eu não contei para ninguém.

Ele disse que havia terminado com ela, era difícil de saber, já que ele dividia o apartamento com outro cara e esse cara tinha namorada, então encontrar coisas de outras mulheres lá era normal.

Ele vinha na minha casa duas vezes por semana, eu passava os fins de semana e os feriados (que ele não viajava) na casa dele, então eu desconfiava, mas sempre fui de acreditar que as pessoas merecem uma segunda chance, então eu dava essa chance a ele. Só que as brigas foram crescendo, eu achava coisas de mulher na casa dele, no quarto dele (foi a faxineira que errou e colocou aqui ao invés de colocar no quarto do fulano!), no banheiro (a namorada do fulano que deixou aí!). Ele se tornou cada vez mais estúpido, grosso, sem paciência. As agressões verbais aumentaram, as físicas também. Ele passava um tempo bem, do nada mudava. Me bloqueava em tudo, sumia por dias, não atendia telefone, daí que ele voltava, voltava doce e fofo como a pessoa que eu conhecia de anos atrás.

As mentiras foram crescendo, eu pegava coisas dele com a outra e ele dizia que eram coisas antigas, que estava tudo bem, que estava se desfazendo das coisas que ela havia deixado lá, assim que ele encontrava algo, ele ia e jogava fora, passagem aérea, endereço dela no exterior, boleto de convênio médico. Cada coisa dessa que eu via era um tiro em minha auto estima, na minha saúde. Só que ok, ele estava se livrando das coisas dela. Ele jurou que agora éramos só nós dois. (E antes que perguntem: Você não via as datas? Não dava tempo, ele me perseguia pelo apartamento, onde eu estava ela estava atrás e assim que encontrava algo, ele arrancava das minhas mão e jogava pelas janelas do apartamento).

Mesmo assim ainda haviam bons momentos, haviam planos, fazíamos vários planos de ir para o exterior, o carro e a moto que alugaríamos, os bares que iríamos, o hotel, os locais, os passeios. Ele trabalha em uma empresa de tecnologia da informação muito conceituada, e começou a ir para o exterior. Eram cursos, trabalhos, feiras de tecnologia, isso era o que ele me dizia. Mas não eram. Ele fazia os planos comigo e realizava com a outra. Ele estava em outros países com ela e falava comigo por Skype, WhatsApp, e-mail. Estava com ela e ficava me mandando fotos dos lugares que ele conseguiu visitar, que ele me levaria: Sá! Tirei essa foto na Broadway pra você! Logo logo eu vou te trazer aqui!

Se eu queria ir em qualquer lugar passar o fim de semana com ele, além de muito persuadi-lo, precisava pagar todos os gastos. Eu financiava os hobbies dele, hobbies caros com contrabaixos, pedais de contrabaixo, box de dvds, jogos, brinquedos de coleção… Eu fazia isso porque acreditava que ele iria ver a mulher que eu era, que estava ao seu lado em todos os momentos, que cuidava dele doente, que pegava em sua mão e apoiava quando as coisas não estavam bem, eu acreditava que ele iria me dar valor, o mesmo valor que eu dava nele, que ele iria me amar, o mesmo amor que eu tinha por ele.

A dor de achar um cartão de memória perdido em uma sacola minha que ficou por lá, com as fotos dele nos lugares que planejou ir comigo com a outra, não tem como transcrever, As mentiras, cada sonho que ele plantou em mim e que não tinha intenção nenhuma de concretizar, isso foi me destruindo como mulher, como ser humano, minha saúde se foi, minha estabilidade emocional. Hoje eu consigo ver que ele me levar no limite do sofrimento era um prazer sádico que ele tinha. Todas as vezes que ele me xingava, que me humilhava como pessoa, dava para ver o prazer sádico em suas feições. Todas as vezes que falávamos sobre futuro, planos, era ele que mais dava detalhes, era ele que mais criava situações e isso me fazia acreditar em um futuro do qual ele nunca quis fazer parte.

A mãe dele a última vez que me viu contou que ela me tratava com indiferença no começo do relacionamento porque ele estava comigo e com outra pessoa, ela me disse para cair fora, que ele, nas palavras dela: é meu pior filho. Você ficou com o pior filho que eu tenho, ele é ruim. Mas é claro, ele já havia feito minha cabeça que a mãe era louca, que não gostava dele, ele se pintava de coitado, de vítima. E eu, bom, eu queria que ele se sentisse especial e amado, já que ele não teve isso na infância. Eu seria a pessoa que iria mostrar pra ele que ele era amado, que poderia ser feliz.

Após ela contar isso, discutimos, e ele disse que não me levaria mais lá, a mãe estava abalada emocionalmente, fazendo tratamento psiquiátrico e que a presença de outras pessoas a incomodava, que também não era pra ligar na casa, só no celular dele, como eu tinha visto que sim, ela estava fazendo tratamento psiquiátrico, eu acatei o que ele disse, só que não, ele continuou comigo por mais três anos, mentindo para a família que tinha terminado comigo e levando a outra pra lá.

Eu fiquei com ele por onze anos, e não pude conhecer a irmã dele (nem ver o filho dela, coisa que eu queria muito pois acredito que seja parecido com o filho que teríamos), ele dividiu a família, por ter uma vida dupla, uma namorada conhecia a mãe e o irmão que estavam mais longe, a outra conhecia a irmã que estava mais perto. As desculpas que eu ouvia para não conhecer a irmã dele é que era é esnobe, metida, que se ele não fosse irmão dele, nem ele chegava perto.

O tempo passou, pra dizer a verdade o tempo que passou foi o prazo de entrar com ação penal contra ele sobre o aborto, ele me enrolou e esperou todo esse tempo, fazendo com que eu acreditasse que era amada e que teria uma vida com ele. Ele só esperou o prazo findar e terminou comigo.

Me deixou sem mais nem menos, não se preocupou com minha saúde, com o estado em que fiquei, simplesmente terminou. Mas continuou frequentando minha casa, aceitando meus presentes, saindo comigo pagando as contas em restaurantes, Pedindo ajuda e favores, continuou a ser o que era por mais seis meses. Quando dei um ultimato nele, ele se recusou a ficar e conversar com meus pais que queriam saber o porque de eu estar sofrendo tanto, o porque ele tinha diminuído a frequência em casa, não devolveu nada das minhas coisas que ficaram na casa dele. Ele sumiu.

Eu liguei para a outra e contei tudo o que tinha acontecido e soube que ele também a tinha largado, fazia pouco tempo para ficar com outra pessoa. Sim, ele terminou com as duas, comigo ele estava há 11 anos, com a outra fazia 7 anos, por uma terceira. Liguei para a mãe dele e contei tudo o que ele me fez, as agressões físicas, as mentiras, as doenças, o aborto. Procurei justiça. Fui em uma delegacia da mulher, passei tudo o que ele havia me feito. Juntei todas as provas que eu tinha. Quando contei tudo aos meus pais, liguei pra ele, falei da delegacia, minha mãe falou com ele, ele chegou a me oferecer dinheiro para desistir, me dar esperanças de que voltaria a ficar comigo, que devolveria minhas coisas, tudo da boca pra fora, ele não acreditava que eu iria dar seguimento a nada.

Eu passei o ano passado de cama, tive todos os tipos de doenças imagináveis, eu tentei me matar, o sofrimento psicológico era tão grande, que a única coisa que eu queria era me matar. Eu tinha que morrer porque eu não suportava aquela dor, eu não conseguia viver sabendo que tudo o que ele me falou, que mais de 1/3 da minha vida tinha sido baseada em mentiras. Eu não podia suportar o fato dele ter inventado tantas coisas, que ele não tinha remorso de tudo o que me fez, eu não conseguia acreditar que aquela passou que ficou comigo por 11 anos tinha sido tão sádica em me destruir da maneira como ele fez.

Eu ainda estou me reerguendo, eu ainda sinto muita dor, eu me sinto um lixo por ter acreditado em cada coisa que ele falou, em sempre perdoar, em ter tido esperanças de que ele iria mudar, me dar valor, que iria me amar como eu o amo. sim, eu ainda o amo, é muito difícil fechar uma porta por onde se passou por 11 anos. É muito difícil ver a realidade de que a pessoa com quem você fez planos, realizou alguns, realizaria mais, não está mais ali do seu lado. Na verdade era confortável ele ter alguém que fazia tudo por ele e a única coisa que exigia em troca eram umas migalhas de atenção e companhia.

Ele tinha alguém para conversar, para colocá-lo para cima, para dar apoio. Alguém que pagava os passeios, que enchia a bola dele falando o quanto ele era incrível, que enchia ele de presentes. Ele tinha alguém que o amava de verdade e faria qualquer coisa por ele.

Conversando com grupos de ajuda, com a delegada, com a psicóloga, elas me passaram que ele é psicopata, que já haviam vistos casos assim, mas não tão graves, com tanta tortura emocional, com tanta frieza. Sim, eu ainda estou me reerguendo de um relacionamento abusivo que custou onze anos da minha vida ao lado de um psicopata, mais 2 anos de luto. Ainda dói saber tudo o que ele me fez. Dói mais ainda ser julgada pelas pessoas: Por que você não saio dessa antes? Por que você não falou com ninguém que ele te batia? Por que você não foi atrás de ajuda antes? Como você ainda pode gostar de alguém que fez tudo isso com você?

Quando você vem de uma família disfuncional, onde brigas e agressões verbais e físicas são normais, você acredita que o normal lá fora também é isso. Quando você é humilhada e maltratada pelas pessoas que deveriam ser sua base na infância, você acredita que as pessoas de fora também tem o direito de fazer o mesmo com você.

Quando sua auto estima é tão baixa que você faz de tudo pelo outro, para ajudar o outro, seja emocionalmente, financeiramente, você não está sendo idiota, fazer bem a essa pessoa te faz bem, faz você acreditar que a pessoa vai enxergar o quão legal você é, que ela vai precisar de você em sua vida. E se ela vai precisar de você, ela vai te tratar bem, ela vai ver que você tem um valorzinho.

Se você também está passando por um relacionamento abusivo, procure ajuda. Fale com outras pessoas, não esconda agressão física, verbal, emocional. Procure grupos de apoio, vá a uma delegacia. Peça ajuda! Você não está sozinha!

Entenda que o problema não é você, entenda que não importa o quanto você fizer, ele não vai mudar. As coisas vão piorar. Pioram muito. Você vai passar por danos, por perdas que serão impossíveis de se recuperar depois. Busque ajuda o quanto antes.

Amar não é sofrer, se você está sofrendo, isso não é amor. Traição é falta de caráter, não é um deslize, um vacilo. Mentiras machucam. Despertar sentimentos em alguém e não ter o interesse de levar esses sentimentos em frente é baixo, só pessoas que não possuem qualquer tipo de caráter fazem isso.

Não é fácil. Dói. Machuca. Mas permitir que uma situação dessa se arraste por mais tempo trará muitos mais danos. Acredite, você não precisa passar por isso, você não está sozinha, procure ajuda, você irá encontrar.

One thought on “Relacionamento abusivo: quando seu sonho vira seu pior pesadelo

  1. Vanusa says:

    Nossa como vc foi forte Sá! Vc e uma vitoriosa,tenho muito orgulho de conhecer vc. E sinto muito não ter podido te ajudar. Mas saiba que estou aqui para o que precisar. Qualquer palavra amiga ou so para te ouvir. Bjss parabéns ?. Força mulher guerreira

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