Quando os dispostos se atraem…

Nós temos medo do depois mesmo enquanto o agora nem está acontecendo. A possibilidade do fracasso anula a viabilidade de tudo o que poderia ter sido feito a respeito de ”nós” na mesma intensidade. Não é mais falta de equilíbrio, nem de oportunidade. É falta de fazer com que aconteça mesmo.

É complexo tentar explicar como olhares podem ferir, podem alegrar, podem reconstituir e também podem despedaçar as pessoas.

Acabamos andando por aí, tentando fazer todas as misturas e soluções possíveis, de cumplicidade com paciência, de amor com compreensão, e mesmo assim algumas atitudes continuam insolúveis.

Depois que você decide seus trechos favoritos sobre alguém é difícil definir o único que limite essa explosão de sentimentos. É difícil acreditar que uma mente seja tão bonita quanto todo o restante do conjunto em tempos penosos como os atuais para os que ousam se apaixonam por outro alguém inteiramente.

Eu já corri muito atrás das palavras que talvez tragam atualmente algum significado menos confuso sobre viver e acreditar. Depois tanto errar a gente aprende na marra, a gente cresce e entende o que pode causar mágoas, entende o poder das palavras, entende a consequência de um olhar e também compreende melhor os impactos da ausência dele.Aprende como é ruim perder em determinados dias, e a enxergar de modo inconveniente a verdade e a incerteza que chegam de modo  ideal e podem instantaneamente mudar os rumos das nossas  vidas.

Há tanto a dizer sobre tudo que ainda soa tão sobrenatural. As vezes me permito pensar que tenho toda a razão em sentir uma saudade irreconhecível, em acusar sem saber ao certo o que, pois parece que as horas nos foram antecipadas, eu não sei o por qual motivo e nem sei onde ir, eu só queria te encontrar e logo me perder em quem almejarmos ser juntos quando finalmente tirarmos do pause o nosso jogo confuso.

Os ponteiros enlouqueceram e a rotação acabou sendo rápida demais, tentamos ousar no ato de combater e impor limites, enquanto tudo isso se resume apenas a aquela tal sensação agoniante que é alimentada pela ausência do entendimento do que pode estar por vir. Quanto mais a gente quer negar mais cada batimento cardíaco sussurra: ansiedade, saudade, você precisa estar lá, seja inteiro por aquela pessoa agora…

Até quando mesmo a gente vai se esquivar daquilo que queremos chamar de amor?

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