Precisamos falar sobre saúde mental na faculdade
São anos de faculdade, muitos livros para ler, estudos, noites mal dormidas, xerox, pressão, pesquisas e o maior temor de todos: o TCC. Agora, eu te pergunto: quantas crises de ansiedade você já deve?
Se sua resposta foi: perdi as contas, temos um problema aí.
Em nenhum momento, ninguém te avisa os perrengues que você vai passar. Alias, os estudantes não recebem nenhum apoio da instituição. Aposto que você ja ouviu: “mais pra frente, você vai ver que valeu a pena”. Sim, todo nosso esforço vale a pena, pois conseguimos, mas precisamos conversar sobre a saúde mental que atinge todos os estudantes.
Há um tempo atrás, saiu uma reportagem no site da Tpm sobre esse meio: estudantes que conseguiam remédios para ficarem acordados e terminar seus compromissos a tempo. Um absurdo! Por que os professores e a Universidade não podem alterar a ideologia e pensar mais sobre o mental dos alunos?
Estou no último ano da faculdade. Preciso entregar meu TCC no mês que vem. A pressão, a ansiedade, as crises de pânico chegam e não vão embora. Um dia, tive uma crise na frente da minha orientadora. Ela segurou minha mão e pediu que eu respirasse. “Mesmo sendo difícil, você precisa acompanhar o ritmo do seu corpo. Não chegue no seu limite”. Eu sei que é difícil, mas tentei. E melhorei.
Percebi que com organização eu conseguia fazer tudo (dar atenção para família e continuar no ritmo normal com o estagio). Criei um cronograma e tento respeita-lo. Tento dormir mais e aproveito o horário de almoço para colocar a maldita ABNT em prática.
Levei este debate para os outros grupos e para o coordenador do meu curso. As universidades precisam lembrar que nós não somos máquinas! Precisamos de atenção, respirar e conseguir distrair. Como falei anteriormente, siga seu ritmo e respeite. Respire, respire e se ame. Você é mais!
