Natal, o que isso significa?

Você sabia que mesmo antes do nascimento de Jesus a humanidade comemora o Natal?

Essa comemoração é tão antigo quanto a civilização.

Vamos refletir diferente sobre esta data?

Objetivo deste artigo é trazer uma reflexão sobre a data do Natal. Não quero debater religião.

A história do Natal começa, pelo menos 7 mil anos antes do nascimento de Jesus. É tão antiga quanto a civilização, a data de 25 de dezembro possivelmente foi escolhida por ser a noite mais longa do ano no hemisfério norte, ou seja, é o solstício de inverno. A partir deste data ocorre um fenômeno natural, visível no céu, o sol fica cada vez mais tempo no céu, até o auge do verão. É o ponto de virada das trevas para luz: o “renascimento” do Sol.

Imagine os homens há 7 mil anos atrás, o fato do Sol estar mais tempo no céu significava a certeza de colheitas no ano seguinte. Em um momento em que o homem deixava de ser um caçador e começava a dominar a agricultura, este é um fato muito importante.

Podemos verificar em diversos povos antigos tal celebração do solstício de inverno:

  • Na Mesopotâmia, a celebração durava 12 dias;
  • Os gregos aproveitavam o solstício para cultuar Dionísio, o deus do vinho e das festas;
  • Os egípcios relembravam a passagem do deus Osíris para o mundo dos mortos;
  • Na Roma Antiga era comemorado o nascimento do deus persa Mitra, que representa a luz e, ao longo do século 2, tornou-se uma das divindades mais respeitadas entre os romanos;
  • Na China, as homenagens eram (e ainda são) para o símbolo do yin-yang, que representa a harmonia da natureza;
  • Até povos antigos da Grã-Bretanha, mais antigos que seus contemporâneos do Oriente, comemoravam: o forrobodó era em volta de Stonehenge, monumento que começou a ser erguido em 3100 a.C. para marcar a trajetória do Sol ao longo do ano.

 

De todos os povos antigos a festa romana é a mais próxima da celebração atual do Natal:

O dia 25 de dezembro a população ficava em festa, em homenagem ao nascimento do Deus Mirta que, de acordo com os Romanos, veio para trazer benevolência, sabedoria e solidariedade aos homens. Cultos religiosos celebram o “Deus da Luz”, essa era a data mais sagrada do ano. Enquanto isso, as famílias apreciam os presentes trocados dias antes e se recuperam de uma longa comilança.

As festividades para Mitra chegaram à Europa por volta do século 4 a.C., quando Alexandre, o Grande, conquistou o Oriente Médio. Centenas de anos depois, soldados romanos viraram devotos da divindade. E ela foi parar no centro do Império.

Mitra, então, ganhou uma celebração exclusiva: o Festival do Sol Invicto. Esse evento passou a fechar outra farra dedicada ao solstício. Era a Saturnália, que durava uma semana e servia para homenagear Saturno, senhor da agricultura. “O ponto inicial dessa comemoração eram os sacrifícios ao deus. Enquanto isso, dentro das casas, todos se felicitavam, comiam e trocavam presentes”, dizem os historiadores Mary Beard e John North no livro Religions of Rome (“Religiões de Roma”, sem tradução para o português). Os mais animados se entregavam a orgias – mas, isso os romanos faziam o tempo todo.

Enquanto isso, uma religião muito pequena, crescia em Roma: o cristianismo.

Não sabe-se ao certo como eram os primeiros Natais cristãos, mas é fato que hábitos como a troca de presentes e as refeições fartas permaneceram.

Ao longo da Idade Média, enquanto missionários espalhavam o cristianismo pela Europa, costumes de outros povos foram sendo incorporados para a tradição natalina. Como por exemplo, o Yule, a festa que os nórdicos faziam em homenagem ao solstício. O presunto da ceia, a decoração toda colorida das casas e a árvore de Natal vêm de lá. Só isso.

Outra contribuição do norte foi a idéia de um ser sobrenatural que dá presentes para as criancinhas durante o Yule. Em algumas tradições escandinavas, era (e ainda é) um gnomo quem cumpre esse papel. Mas essa figura logo ganharia traços mais humanos. (Quem lembrou do Papai Noel? – Mas, esta é outra história!)

Reflexão:

Como falei no inicio deste artigo, meu objetivo é trazer a reflexão! Por isso mãos a massa:

  • O significa o Natal?
  • Quais características do Natal são importantes para você?
  • O que você comemora no Natal?

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