Desde quando passei a te contar as coisas mais importantes da minha vida percebi que eu me perderia em um mundo sem você dali para frente. Naquela tarde em que você aprendeu a guardar um segredo eu aprendi o que era o amor de verdade. Você mais que ninguém sabe que raramente tenho certezas absolutas.
Mas mesmo assim, mesmo com a sua personalidade forte e a sua alma meiga, você equilibra minha euforia e minha solidão. Você equilibra o meu medo e o meu impulso. E é tão engraçado o quanto você consegue ser extremamente justa mesmo quando o mundo trapaceia tanto com a gente…
Você é a pessoa que concentra todas as minhas esperas e felicidades instantâneas. Talvez você seja a definição exata de gratidão no meu dicionário particular. Eu sou grata por cada célula do seu corpo, por cada músculo, por cada osso, por tudo que te sustenta e consequentemente faz o mesmo comigo.
Eu aceito todos os seus erros, todos os seus acertos, todos os seus receios, aceito todas as particularidades: por que sorte mesmo, é ter você.
Sorte foi ter dividido o quarto com você na adolescência, sorte foi ter que te carregar em todos os roles para me vigiar e acabar sentindo que era recíproco por que o que sempre mandou em nós foi o amor mesmo. Sorte foi poder te abraçar todas as vezes que você nem conhecia tanto do mundo, mas ele já te alfinetava tanto (e você sangrava bravamente, claro). Sorte foi te ver aprender a amar. Sorte foi te ver aprender a escolher. Sorte foi ter passado inúmeras tardes te enchendo o saco para terminar a lição logo no seu caderno da Hello Kitty com as bordas vermelhas. Sorte foi ter te enchido o saco para tentar ir além e te ver agora pilotando a própria vida, plenamente: sem medo de tempestades, mudanças de ventos, planos de ação ou a falta deles…
De qualquer modo, quero que saiba que estou escrevendo antes por que sempre espero que o depois me proporcione te ver novamente.
Obrigada por ser o meu mais raro amor.
Parabéns Soeur!
Te amo, irmã.
Feliz seu dia, vida da minha vida.
