Lirica e óbvia

O chão abriu e ela nos empurrou dentro dele, em pouco tempo nos mostrou outro mundo, onde tudo era dela, onde todas as canções eram para ela, e tudo que fizemos foi reverenciar a sua beleza, o seu momento.

Sem pressentir, ela chegou ligeira, faca na manteiga, vasculhou toda a nossa tralha e arrumando a nossa cabeça o mundo era dela a partir dali, nada mais era individual, nem nossas decisões, ela mandava em tudo. Rasgando as madrugadas como um canto forte ela cresce, inunda nossos corações e prepara todo o despreparo que somos, coloca medo, dá coragem, enche os olhos de lágrima por qualquer situação, e como boa libriana, não sabe o que quer, quer rir e chorar, quer chorar de rir, quer tudo, mas na realidade não quer nada, não espera nada que não seja naturalmente simples, nada que não esteja preparado para ela.

Toda a dureza incrível de um coração, foi feita em pedaços por ela, metralhou qualquer sentimento já sentido e disse que agora era assim, agora esse é mundo, o seu mundo, o seu modo, não sinta mais nada que já sentiu antes, sinta o agora, sinta o que está por vir.

Como uma rajada de vento, o amor soprou mais forte, como uma mulher búfalo que passa por cima de toda a dor, ela trouxe paz.

 

 

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