Breve crônica de Natal

Acordei dia 24 de dezembro num clima nada natalino. Um pouco de TPM, clima nostálgico.. Em casa, também não acordaram com um belo humor. Clima meio pesado, fogo! Então resolvi andar de bicicleta para espairecer um pouco.

Moro em Porto Alegre, mas estou em São Paulo para visitar a família e amigos neste final de ano e, mesmo tendo morando aqui quase minha vida inteira, não cheguei a usar muito as ciclovias construídas nos últimos anos, e nem havia passeado pela Paulista aberta de domingo. Então bora subir a Augusta, pedalar na Paulista e, de lá, ver o que fazer.

Em clima de retrospectiva, fui de bike passeando pelos últimos anos. Passei por diversos lugares, muitas memórias. Amores, estudos, passeios, brigas, reconciliações.. Entre uma e outra lembrança, fiz uma ultrapassagem de Papai Noel na Paulista e pensei comigo “Por que tô indo tão rápido?”

Andei mais alguns quilômetros. Recordei dos natais de quando era criança, de como eram deliciosos! Meu tio vestido de capacete e jaqueta vermelhos, algodão na barba e óculos escuros – um papai noel único!

Já estou no Parque Ibirapuera. A ciclovia é interrompida, os carros incomodam mais. Mais um pouquinho, consegui chegar até a ciclofaixa. Pronto, já me sinto mais segura de novo, empoderada de mim, da minha bicicleta.

Nas redondezas da casa da minha mãe, já avisto o prédio. Pedala rápido, sinal vai fechar. Corre, corre, corre… Deu tempo! Mais uma corridinha, consigo através o próximo sinal. Cansada! Mas ufa, cheguei em dezembr.. digo, em casa! Foram 12 meses.. digo, 12 quilômetros de puro calor!

Acordei hoje com todo aquele calor do momento, peguei fogo. E fui renascendo aos poucos. Que viagem!

A fênix que habita em mim cumprimenta a fênix que habita em você.

Que 2018 seja um baita ano pra gente!

 

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