Amanda

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Na boa, Amanda….

Para ler ouvindo “É tão Lindo” com a Rafa Gomes e o Brown, de der. Se não, só lê

Amanda, você levou um pé na bunda, mas ninguém tem culpa disso. Pare de repetir incontáveis vezes a história desse término. Todo mundo já sabe, e ninguém liga.

Eu vou simplesmente pirar se você disser mais uma vez que ela terminou contigo sem motivo e que você precisa de um motivo para aceitar o fim. Não querer mais namorar é um ótimo motivo, e é isso que você de fato precisa aceitar.

Eu entendo o quanto dói, dói tanto que chega a ser físico, mas isso não significa que o mundo tem que sofrer contigo.

A dor é sua, só sua.

O certo mesmo era você ter seu momento de luto e em seguida levantar e caminhar. Mas se você quer passar 24 horas do seu dia se lamentando, lamente em pensamento. Ninguém quer mais ouvir.

E não adianta vir com esse papo de que você é mais legal que isso, você não é legal. Gente legal sofre causando a menor quantidade de danos que puder. Você nitidamente está incomodada pelo fato de sol continuar nascendo apesar do seu namoro ter acabado “sem motivo”.

Você está nitidamente incomodada porque o pessoal está aqui rindo, bebendo e contando histórias felizes, porque na sua cabeça de alguma forma deveríamos estar conversando sobre o seu término, aliás, conversando não, ouvindo pela milésima vez seu lamento.

Amanda, eu não consigo entender de onde veio a sua brilhante ideia de aceitar passar um final de semana no sítio com a galera, se você não sabe estar triste e aceitar a alegria alheia ao mesmo tempo. É sério que dez pessoas não podem sorrir porque uma não consegue?

Entenda que seus esforços para arrumar uma discussão com as pessoas, para então destilar sua amargura, não vão dar certo. É uma questão de vibração. Está todo mundo no positivo, e adoraríamos que você vibrasse junto. E você se recusa, então, nós também nos recusamos.

E sabe do que mais?

Eu penso que você tem problemas muito mais sérios que um namoro que acabou, quando não consegue esquecer seus monstros por 30 segundos enquanto vê uma criança cantando: “se tem bigodes de foca, nariz de tamanduá… parece meio estranho, heim?

Também um bico de pato e um jeitão de sabiá, mas é se é amigo não precisa mudar”. O que dizer então sobre despejar sua amargura até na criança? Numa criança! Ela estava atrapalhando o seu rolê? Não, Amanda. Você estava destruindo o seu rolê. E tentando levar junto o rolê de outras dez pessoas. Aliás, coisa feia fazer isso no aniversário de uma amiga de mais de dez anos, heim?

Fazer a amiga aniversariante chorar porque você não pode sorrir, além de ser puro egoísmo é inadmissível. Sabe qual o nome disso? Filhadaputagem Toxicidade. Aí eu começo a entender sua ex, sério, eu entendo. Eu vivi três dias do seu lado, e tenho certeza que nunca mais quero te ver. E minha vontade de estar a quilômetros de você não é porque você estava triste, é porque você fez minha amiga chorar, é porque você só não ferrou o aniversário dela porque haviam pessoas incríveis ali, é porque você tratou mal uma criança, é porque você deu ataque de histeria chutando cadeira, é porque você não entende o espaço do outro.

O espaço que eventualmente sua ex está querendo e que você também não está entendendo, e não entende porque não admite que possam haver coisas mais importantes no mundo que a sua vontade. Então Amanda, como eu nunca mais vou te ver na minha vida, só precisava dizer que o travesseiro é o lugar para lamentar, a piscina é lugar de dar mortal, barrigada, beber cerveja e rir, rir muito, rir de tudo, inclusive das mazelas da vida. E se você não pode rir, fique no seu travesseiro. Talvez se você tivesse perdido aqueles 30 segundos para ouvir o pequeno cantando, teria entendido tudo o que eu disse, de uma forma bem mais tranquila.

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