Fechar o ciclo da água. Conquistar economia de energia. Trazer mais natureza e aproveitar o clima. Criar um entorno atrativo para se viver e trabalhar. Criar espaços adequados aos serviços básicos que facilitem a vida cotidiana. Parece uma lista utópica para ser viver no paraíso. Mas não é. Esses são os preceitos que vem norteando a criação dos chamados: Ecobairros.
O conceito desses ‘ecobairros’ está na busca da requalificação do território, seja através do urbanístico, seja através do social, capacitando o espaço público para garantir acesso a todos. Isto é, ele está baseado no conceito das ‘ecovilas’. Você já ouviu falar? Pois então, eles nascem desses movimentos rurais, que nada mais são do que um modelo de comunidades rurais, ou urbanas, que tem a intenção de integrar uma vida social com harmonia e um estilo de vida sustentáveis.
Daí é que surgem os ‘ecobairros’, acreditando que essa proposta de vida com qualidade pode ser reinserida no cotidiano da vida urbana, das grandes metrópoles. Uma das características desses espaços é incluir a responsabilidade ecológica e a necessária participação de todos os cidadãos na gestão dos bairros.
Sustentabilidade pelo mundo
Esses novos modelos de práticas de vida estão espalhados pelo planeta. E estão se tornando bem-sucedidos. São apresentadas diversas soluções que podem passar pela utilização de tecnologias ambientais, aumento da competitividade com o reaproveitamento de locais com potencial urbanístico, mas degradados ou em desuso, construir ou readequar as construções para modelos de eficiência de energia.
E não ficam apenas nas questões de arquitetura. Alguns exemplos para você: No Reino Unido, mais precisamente na cidade de Londres, existe o bairro de BedZED, que possui 100 casas no sul da cidade e está buscando criar uma comunidade com ‘emissão zero de gás de efeito estufa’ e alta qualidade de vida. Em comparação com a média do país, o bairro recicla 60% de seus resíduos.
Saindo da Europa. No centro da cidade de Adelaide, na Austrália, existe um bairro composto por apenas 27 casas que começou a ser construído na virada do século XXI. Com destaque para a participação ativa de seus moradores durante todo o processo, o bairro apresenta uma série de novidades, como aquecimento solar, telhados verdes, sistemas de captação de água da chuva, compostagem e hortas nos jardins, nas calçadas e nos balcões.
Que tal pegar essa ideia e levar para o seu bairro? Ou, ao menos, para a sua rua? As vezes basta apenas uma boa ideia para que pessoas engajadas com a sustentabilidade da ‘raça humana’ tomem iniciativas muito bem vindas.
