Eu adoro series. Após assistir duas series maravilhosas (#ficaadica DARK e BLACK MIRROR), li vários comentários da serie THE HANDMAID’S TALE e fui procurar para assistir.
Quando comecei perguntei porque não comecei antes…. Serie super premiada e que nos faz pensar em como o papel da mulher na sociedade pode ser deturpado por extremistas religiosos ou em como se comanda uma nação. Mas primeiro vamos contar um pouco da historia dessa adaptação (sim é uma adaptação de uma obra literária <3 <3)
A serie em questão foi adaptada a partir da obra homônima de Margareth Atwood ( O livro é um romance distópico, THE HANDMAID’S TALE – O CONTO DE AIA ou A HISTÓRIA DA SERVA de 1985 da autora canadense Margareth Atwood. A historia se passa em um futuro próximo que agora é parte de uma teonomia totalitária fundamentalista cristã que derrubou o governo dos estados unidos. A obra explora temas de subjugação das mulheres e os vários meios pelos quais elas perdem individualismo e independência. Ganhou o Prêmio do Governador Geral de 1985 e o primeiro Prêmio Arthur C. Clarke em 1987; também foi nomeado para o Prêmio Nebula de 1986, o Prêmio Booker de 1986 e o Prêmio Prometheus de 1987. O livro foi adaptado para filme em 1990 .uma ópera (2000), uma serie de Tv, além de outros meios de comunicação) no ano passado .
Os três primeiros episódios da série estrearam em 26 de abril de 2017, com os subsequentes sete episódios adicionados semanalmente a cada quarta-feira. Em maio de 2017, foi renovada por uma segunda temporada, que estreará em 2018. Em 14 de novembro o Hulu divulgou um teaser confirmando a segunda temporada para abril de 2018. The Handmaid’s Tale recebeu aclamação da crítica e venceu os prêmios de Programa do Ano e Série Dramática no Television Critics Association e oito Prémios Emmy do Primetime, incluindo Melhor Série Dramática, em 2017.
A serie conta que em um futuro próximo, as taxas de fertilidade caem em todo o mundo por conta da poluição e das doenças sexualmente transmissíveis .Em meio ao caos, o governo totalitário da República de Gileade , uma teonomia cristã que domina o que um dia foi o território dos Estados Unidos em meio a uma guerra civil ainda em curso. A sociedade é organizada por líderes sedentos por poder ao longo de um regime novo, militarizado, hierárquico e fanático, com novas castas sociais , nas quais as mulheres são brutalmente subjugadas e, por lei, não têm permissão para trabalhar, possuir propriedades, controlar dinheiro ou até mesmo ler.
A infertilidade mundial resultou no recrutamento das poucas mulheres fecundas remanescentes em Gileade, chamadas de “servas” (Handmaid), de acordo com uma interpretação extremista dos contos bíblicos. Elas são designadas para as casas da elite governante, onde devem se submeter a estupros ritualizados com seus mestres masculinos para engravidar e ter filhos para aqueles homens e suas respectivas esposas.
Tenso…
June Osborne, renomeada como Offred (De Fred – elas usam o nome do seu comandante) (Elisabeth Moss), é a serva atribuída à casa do Comandante Fred Waterford (Joseph Fiennes) e de sua esposa Serena Joy Waterford (Yvonne Strahovski). Ela está sujeita às regras mais rigorosas e uma vigilância constante; uma palavra ou ação imprópria de sua parte pode levar a sua execução. Offred, que tem o nome de seu mestre masculino assim como todas as Handmaids, pode se lembrar do “tempo de antes”, quando era casada com uma filha e tinha seu próprio nome e identidade, mas tudo o que ela pode fazer com segurança agora é seguir as regras de Gileade na esperança de que algum dia possa viver livre e se reunir com sua filha novamente. Os Waterfords, principais atores no surgimento da República de Gileade, têm seus próprios conflitos com as realidades da sociedade que ajudaram a criar.
Ufa…
Bom só por essa sinopse já deu vontade de assistir isso eu garanto.
No decorrer dos episódios temos o que Offred vive hoje e as lembranças do antes , não só dela e também de todos só envolvidos (a elite e as outras Aias). Podemos ver como foi “instalado” esse novo regime de governo, a opressão e tudo o que envolve essa sociedade.
Mas se você pensa que em todo esse horror ainda os homens não são machistas se enganam, mesmo com as castas e a mulher ter o seu papel somente de “procriar” ainda temos a casa de Jezebel. Sim, mesmo nessa sociedade cristã , baseada nas leis do antigo testamento temos o chamado bordel, onde alguma mulheres que “fogem” dos padrões determinados vão para serem escravas dos dominantes.
Formas de punições mais severas são aplicadas como arrancar seu olho direito , mãos e braços. Perda de clítoris (no caso de mulheres homossexuais que não se adaptam), perda de membros. Enfim toda a crueldade que se pode ter.
O exercito opressor que comanda a crueldade são denominados “Olhos de Deus”. Os olhos , como são chamados os integrantes levam as pessoas e matam sem dó nem piedade.
Também sabemos de um movimento de rebelião denominado MayDay uma rede subterrânea que trabalha para derrubar a Gileade.
A serie mostra como tentam mudar a mulher, ela ser vista apenas como objeto de procriação e que não deve ter seus direitos alcançados. Tudo o que muitos querem fazer. A mulher tem seus direitos que foram dificílimos de serem conquistados e ainda tem muito a conquistar como vivenciamos no dia a dia.
A mulher tem muitos mais papeis na sociedade e não só o “biológico” como se referem na serie (o que é proposto na verdade na serie), em vários primórdios da humanidade a mulher teve papeis fundamentais desde as eras e tempos mais antigos.
Na bíblia mesmo tanto Maria mãe de Jesus como Maria Madalena tiveram importâncias surreais.
E fica a dica dessa série maravilhosa que estou muita anciosa pela segunda temporada que tem estreia prevista para o mês de abril.
