Há uma dica simples para ter uma vida mais alegre e criativa? Sim, e se resume a uma palavra: ESPONTANEIDADE! E não é mero achismo ou modismo de livro de auto-ajuda. Há quase 100 anos, psicólogos e psiquiatras têm demonstrado que a espontaneidade tem efeitos positivos sobre qualquer forma de sofrimento psicológico. Ou seja, qualquer pessoa que estiver lendo esse texto pode melhorar a sua qualidade de vida praticando atos espontâneos já!
Mas, afinal, o que é espontaneidade? Confesso que antes de ser psicóloga, achava que uma pessoa espontânea era desinibida e fazia o que dava vontade sempre. Que era aquela amiga que falava imediatamente o que pensava sobre os outros ou o vizinho que ficava pelado em público quando bebia cerveja. Entretanto, estava enganada (ainda bem!). Espontaneidade não é ser “sem noção”, inadequado ou impulsivo. O psiquiatra J. L. Moreno afirma que ser espontâneo é responder adequadamente a novas situações, ou dar novas respostas para situações antigas. Para criar essas novas respostas é preciso viver no presente, no aqui-e-agora, estando atento aos seus próprios sentimentos e aos sentimentos das outras pessoas. Espontaneidade é deixar de agir no “modo automático”. É buscar se conectar com cada situação como um evento único.
Crianças são exemplos de espontaneidade! Todo ser humano quando nasce é pura autenticidade. Quando vamos nos tornando adultos, vamos perdendo a nossa capacidade de sermos espontâneos e criativos. Nos cristalizamos de acordo com a nossa cultura, perdendo a capacidade de nos conectar afetivamente. Contudo, podemos voltar a expressar intensamente nossa espontaneidade com a prática diária. Assim, espontaneidade reque prática: quanto mais nós praticamos, mais fácil é ter atitudes espontâneas. Uma forma de treinar é fazer uma tarefa e estar nela integralmente, lembrando de outra apenas quando acabar a primeira.
Além de se fortalecer com exercícios diários, a espontaneidade é contagiosa em grupos! Quando somos espontâneos, estamos contribuindo para que outras pessoas também sejam autênticas.
Por isso, vale a pena se perguntar: eu já pratiquei espontaneidade hoje?
