Um brinde as diversas formas de amar.
O quanto somos capazes de amar tanto alguém, sofrer perturbadoramente depois e amar de novo?
Talvez seja a mesma pessoa, talvez seja um novo alguém, talvez seja um novo hobby, uma nova vida.
Amamos inúmeras pessoas ao mesmo tempo: a questão é que não deixa de ser amor, não é menos intenso, menos leve, menos prazeroso ou menos dolorido, somente exige de nós o que podemos ser, doar e receber de maneira mutua no momento.
Isso é a felicidade plena: a gente se reinventa. Parece impossível mas para mim felicidade é aprender a conseguir transmitir amor. Saber demonstrar o amor é uma das maiores dádivas da vida.
O amor é um pouco sobre como você se importa com a novidade do outro mesmo que ela não te pertence tanto assim, sua empolgação, seu entusiasmo, seu companheirismo em coisas que talvez nem façam tanto sentido para o seu mundo, mas passarão a fazer quando você abraçar o mundo de quem está ao teu lado.
É provavelmente a duvida mais insana e mais bonita que deverá passar por nossas vidas, principalmente quando nos damos conta do quanto conseguimos amar e fazer sempre mais, mesmo que a gente tenha medo de sobra.
Lembra do seu primeiro amor, aquele de quando você tinha seus 13 ou 14 anos? (Isso muda um pouco de acordo com as gerações). Mas, de qualquer modo, a gente sempre acha que nunca vai passar, não é? Parece que não virão outras pessoas, outros problemas, outras dedicações, outras historias, outras formas de amar. De repente a gente cresce, outra vida cresce de dentro da gente, as vezes não diretamente de nós mesmos, mas é tão incondicional que nem parece que não foi, a gente chega em casa e o amor pode ser aquele serzinho abanando o rabo de alegria por que você finalmente chegou, o amor pode estar nos vãos do sofá, nos emaranhados de pelos e miados que te fazem sentir que finalmente está em casa. O amor pode estar naquele bilhete despretensioso, no aviso sobre ter chego bem em casa, nas coragens corriqueiras, nas inseguranças absurdas.
O amor pode ser e estar em tudo aquilo que você quiser.
Amar é um pouco sobre descobrir formas de se fazer ser amado sem grandes esforços por quem te importa e fazer com que isso seja reciproco. É essa busca inesgotável que exigirá que estejamos sempre de peito e olhos abertos. Para que as pequenas faíscas não sejam imperceptíveis, para que não percamos o habito de admirar o caminho até que cheguemos a fogueira finalmente, para que saibamos decidir se o calor simplesmente aquecerá ou queimará como brasa. Aceite as suas escolhas.
