Iemanjá, todo dia é dia dela.

O dia mais popular de Iemanjá pode ser 2 de fevereiro, mas nos últimos quatro anos aprendi a celebrar essa santa no dia de hoje. Oito de dezembro.

Quando eu descobri que era filha de Iemanjá, ouvi a seguinte frase “Filho de Iemanjá não pega ninguém no colo. Mas também não deixa de dar a mão”. A partir disso, não tive dúvida de quem era meu Orixá. Sou exatamente assim, não gosto de ver meus amigos com problemas, mas nunca vou me oferecer para resolvê-los, apenas os ajudo a chegar em uma solução. Dou a mão, apoio, mas não seguro ninguém no colo. Não por ser fria, mas por querer que eles aprendam o máximo com suas experiências.

Não me lembro da primeira vez que vi o mar, nem da primeira vez que senti falta dele. Mas lembro que sempre gostei dele. Nem sempre gostei do tumulto da praia, ou da areia grudando no meu corpo molhado. Mas do mar, eu sempre gostei. Se pudesse, ficaria nele para sempre.

Me lembro da primeira vez que me senti parte do mar. Aos 16 anos eu tive uma crise de choro, eu não conseguia parar de chorar. Eu não sabia exatamente o porquê estava chorando. Era domingo e eu estava cansada. Me lembro de olhar para os meus pais meio a lágrimas e falar: “eu preciso entrar no mar”.

No outro dia eu estava no mar, e lembro de sentir como se as ondas do mar batessem no mesmo ritmo do meu coração. E mesmo depois que eu saí, desde então, eu me sinto parte do mar. Mesmo quando estou distante dele, sei que ele está dentro de mim.

E, desde então, todo dia é dia de Iemanjá. Pois sei que todos os dias ela está comigo. Celebro sua beleza e graça no dia 8 de dezembro, no dia 2 de fevereiro e em quantos dias mais eu puder.

https://www.youtube.com/watch?v=1NSGBkjeXbc

 

 

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