Você sabe a diferença de Baby Blues e depressão pós-parto?

Vem a chegada do bebê, trazendo muita alegria para todos e junto, um turbilhão de sentimentos causados pela mudança na vida da mulher e também os hormônios. Muitas pessoas e familiares se acham no direito de falar e fazer o que querem, o que nem sempre é o ideal para mãe ou para o bebê. Quem vai perceber e se adaptar à rotina são os pais.

Muita gente não dá a devida importância para os sinais e sintomas atrelados a distúrbios comuns dessa fase, podendo trazer agravamento do quadro.

Podemos perceber alguns sinais antes mesmo do nascimento do bebê, sendo os principais sintomas:

  • Tristeza constante

  • Ganho ou perda excessiva de peso

  • Dormir muito ou dificuldade para dormir

  • Ansiedade ou excesso de preocupação

  • Sentimento de culpa e exaustão

  • Pensamento de tirar a vida, fugir ou sumir

  • Irritabilidade

  • Vontade de chorar

Algumas mulheres têm uma pré-disposição maior de ter depressão pós-parto, tais como mulheres que já tiveram depressão em algum momento da vida, histórico familiar, ter tido bebê prematuro, tenha tido dificuldade em amamentar ou sofrido algum trauma no parto.

Às vezes as pessoas confundem depressão com Baby Blues, que tem os mesmos sintomas, porém eles acabam em um período de aproximadamente 30 dias. Caso esse período de tempo passe e os sintomas persistirem, realmente é necessário que uma avaliação seja feita para verificar as opções de tratamento de depressão.

A depressão pode surgir não necessariamente logo após o nascimento do bebê, mas meses ou até dois anos após o parto.

Depressão pós-parto não é sinônimo de fraqueza ou frescura, como muitas pessoas rotulam.

Eu tive depressão pós-parto e demorei 2 anos para começar o tratamento. Isso ocasionou muitos danos na minha vida pessoal, profissional e emocional. Hoje, após ter começado o tratamento (estou 5 meses em acompanhamento), me sinto outra pessoa, outra mulher. Não me sentia assim havia muito tempo.

Em vários momentos pensei em desistir de viver, era uma tristeza sem fim, que não consigo explicar até hoje.

Resolvi escrever sobre esse tema, justamente para as mulheres não terem vergonha de pedir ajuda, seja para o parceiro, alguém da família, amigo, seja quem for, mas sempre pedir ajuda para alguém que possa auxiliar na procura por ajuda de um profissional.

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