Tentando Engravidar | Parar de tomar o Anticoncepcional não é fácil

parar de tomar o anticoncepcional

Parar de tomar o Anticoncepcional não é fácil, essa frase define a minha vida nesse último mês, já foram dores, cólicas, ovulação, hormônios e choros para todos os lados, coisas que eu nunca imaginaria que pudesse acontecer, bom, aconteceu, e tudo de surpresa, eu não sabia de nada disso antes de parar de vez, e é por isso que faço questão de contar o passo a passo árduo dessa meta: Parar de tomar o Anticoncepcional!

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Tipos de anticoncepcionais

Tabela com tipos de anticoncepcionais

Esses são os métodos médicos, não estamos falando de tabelinha ou outro método paralelo ou caseiro (não nesse post, ok 😉 ).

 

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Parar de tomar o Anticoncepcional

Como parar de tomar o Anticoncepcional

Estamos aqui no caminho para uma gravidez, ou seja, nessa fase de tentantes, a primeira idéia que veio na cabeça foi Parar de tomar o Anticoncepcional, claro né, e então foi isso que eu fiz, sem ler nada, sem pesquisar, sem perguntar, só esperei acabar a minha última cartela de microvilar e jogar ela no lixo como uma revolução pela liberdade do meu corpo, mas aquela cartela ia se vingar por esse gesto.

Semana 1

Que maravilha, liberdade!

Nada de remédio antes de normir ou preocupação com isso. Pena que o cérebro já estava tão acostumado que todas as noites eu ia dormir com aquela sensação de esquecendo alguma coisa, sabe?

Nada de muito estranho nessa semana, achei que seria assim então, super simples e fácil, e ai entrei na semana 2.

Semana 2

Uma certa perda da lubrificação vaginal me atacou do dia para a noite, nunca tive problemas com isso, mas um belo dia acordei e a tal lubrificação não apareceu na hora H, mesmo com muuita vontade, nada aconteceu, foi tipo uma “broxada” mesmo, fiquei péssima com isso na hora, mas vi que é mais fácil broxar sendo mulher, um lubrificante e vida que segue!

Parar de tomar o Anticoncepcional

O corpo entendeu que agora estava por conta própria, sem ajuda do amigo AC, e então decidiu que era hora de ovular, e o que ninguém me contou é que ovular dói, não para todo mundo, mas para algumas pessoas sim, e claro que fui prêmiada com essa margem de dor.

A dor da ovulação

Comecei achando que estava com dor nas costas, como sou um pouco problemática com essa área do corpo, não liguei muito, mas no dia seguinte percebi que não era uma dor na coluna, uma cólica se instalou no lado direito da minha barriga, bem onde na hora eu deduzi sendo o ovário, depois olhei no Doutor Google e vi que estava certa, e então, depois de muito ver sobre isso descobri a dor da ovulação.

Depois de muito tempo sem estar por conta própria, o corpo começa o processo de fertilidade todo de novo, como se estivesse fazendo isso pela primeira vez na vida, então, como não estava acostumada, a dor veio da sensação do ovário trabalhando mesmo, produzindo o óvulo e informando que esta é uma semana fértil na festa do corpinho!

Semana 3

A dor da semana 2 passou em 3 dias, mas a puberdade não, então voltaram para a minha vida:

  • Espinhas
  • Vontade de doces
  • Unhas quebradiças
  • Libido (aquele de adolescente mesmo)

Quando eu falo espinhas, falo sério, um monte delas, várias, muitas mesmo!

Semana 4

Tudo parecendo voltar ao normal, sinto algumas cólicas durante o dia, mas não tenho certeza se já é a menstruação que está vindo ou algum outro sintoma desconhecido ainda.

Agora é aguardar a menstruação chegar e partir para o próximo mês, na esperança de tudo isso ter sido somente um mês de adptação, mesmo eu tendo visto que pode demorar até 3 meses essa adaptação, mas enfim, a torcida maior mesmo é para ficar os tão esperados 9 meses sem menstruar né 😉

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Outros sintomas que podem acontecer nesse processo

Fora os sintomas físicos que passei, podem também acontecer outros, inclusive psicológicos.

Vaginismo e Dispareunia

Ambas disfunções afetam milhares de mulheres que sofrem caladas com o problema impedindo-as que desfrutem de uma relação sexual sem dor. Estima-se que 5% da população mundial feminina sofra com algum tipo de disfunção, porém este número possivelmente deva ser maior devido a dificuldade e constrangimento que estas mulheres tem em expor sua vida íntima.

Muitas das mulheres com vaginismo permanecem virgens por muitos anos mesmo sendo casadas, deixam de ser mães, não conseguem realizar consultas ginecológicas, nem mesmo fazem exames simples como o papanicolau. Já as que tem dispareunia sentem dor persistente e acabam por enxergar o sexo como uma tortura e não algo que lhe trás prazer.

Fonte: http://www.vaginismo.com.br/

Vaginismo

Vaginismo provoca a contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico causando dor e impedindo a penetração. Ele não é causado por problemas de excitação, lubrificação vaginal ou falta de libido, os fatores de predisposição do Vaginismo podem ter origem numa educação mais rígida, algum trauma sexual, fatores religiosos e culturais, dentre outros. Ainda sim muitos casos de vaginismo possuem origem indeterminada.

Ele pode ser classificado como primário ou secundário. Primário para os casos onde não existe penetração desde a primeira tentativa, ou secundário quando o mesmo surge durante a vida sexual da mulher, advindo por exemplo de traumas físicos ou psicológicos, mudanças hormonais, radioterapia, pós parto ou patologias pélvicas.

Essa contração muscular involuntária é uma auto defesa da mulher à alguma situação que a mesma encara como ameaçadora, como penetração durante a relação sexual, exame ginecológico, uso de absorvente interno, ou qualquer situação que acredita que haverá presença de dor.

Fonte: http://www.vaginismo.com.br/

No caso da parada do anticoncepcional, a mulher pode ter problemas com auto estima, medo de engravidar, medo de não engravidar, receio com alteração de cheiro ou textura da vagina, enfim, diversos pontos que pode deixar a mulher mais frágil para desenvolver o vaginismo.

Como resolver?

Você deve procurar o seu médico para ter o diagnóstico certo e seguir os passos dele para o tratamento, que deve incluir consultas com psicólogos para analisar a fundo o real motivo do vaginismo.

Conversar com o seu par sobre isso é muito importante, se perceber algum sintoma de vaginismo, o seu par deve ser o primeiro a saber, para entender e respeitar o seu corpo nessa fase.

Dispareunia

Dispareunia é outra disfunção sexual onde a mulher até consegue ser penetrada mas sentindo dor recorrente, com sensação de ardência ou queimação. Ela pode ser classificada em Dispareunia de entrada ou de profundidade. Como o próprio nome diz, na de Entrada a dor se localiza na entrada do canal vaginal, e a de Profundidade no fundo do canal. Suas causas estão relacionadas a fatores como a menopausa, falta de lubrificação, causas orgânicas como infecções, cicatrizes dentre outras.

Fonte: http://www.vaginismo.com.br/

No caso da perda temporária da lubrificação, assim como eu tive, a dispareunia pode aparecer e dificultar sexo.

Como resolver?

Se for somente uma perda temporária de lubrificação, você pode resolver com um lubrificante íntimo, mas não esquece de falar isso para o ginecologista na próxima consulta, afinal, você não vai ter certeza do diagnóstico assim lendo aqui né!

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