Reflexão: A morte

Inscrição em inglês numa parede dizendo que tudo tem sua beleza, mas nem todos são capazes de vê-la

A mais profunda das dores

E como superar?

A lista dos que se foram

Quanto tempo atrás…

 

A vontade de ir junto

superando a de ficar

Mas ficar como

Com um buraco a pulsar

 

O luto não termina.

 

E quantas “mortes” passamos?  Quantas mortes além da física vivemos?

A carta da Morte no tarô nos ensina que tudo na vida é um ciclo: tudo nasce, cresce e desaparece. Quando ela aparece na jogada, não necessariamente se relaciona a um acontecimento ruim em nossas vidas, mas significa o fechamento de um ciclo. Pode ser o fim de uma situação financeira ruim, como pode ser o desemprego, tudo depende da combinação de cartas e de qual pergunta foi feita ao oráculo.

 

Estamos nos aproximando de mais uma morte, que é a de 2017. E quantos planos deixamos de cumprir nesse ano? Quantas vontades deixamos morrer dentro de nós e quantas das quais nos arrependeremos futuramente? Realmente precisamos aguardar o raiar de um novo ano para colocá-las em prática? Precisamos começar um estilo de vida mais saudável somente na próxima segunda-feira?

 

No aproximar de nossa própria morte, quantas viagens que sonhávamos deixaram de acontecer? Quantos livros começamos e deixamos pela metade na estante? Sempre aguardando uma próxima oportunidade, que pode nem chegar…

Quanto dinheiro nós guardamos para futuras emergências ao invés de investirmos no nosso presente? Na nossa alegria e na saúde mental? Quantos encontros com amigos deixamos por marcar? O quanto estamos deixando de investirmos em nós mesmos?

 

E cabe aqui uma reflexão: Como estamos lidando com as nossas perdas, separações, demissão no emprego ou a quebra de nosso empreendimento? Somente como tristezas ou também como a oportunidade do nascimento de um novo ciclo, de uma nova vida? Toda morte é também um novo nascer. A dor existirá, mas não deve permanecer para sempre, nem nos impedir de continuar.

 

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