O que fazer com a culpa?

O que fazer com a culpa?

O que fazer com a culpa?

A culpa é um sentimento que tem crescido entre as pessoas do mundo inteiro nos últimos anos. O reflexo desse sentimento esta no aumento dos indices de doenças relacionadas a depressão e transtornos psicológicos que incidem não somente no Brasil, mas também no mundo.

Mas, que culpa é essa?

Muitas vezes a culpa esta relacionada a pressão que sofremos diariamente, dia apos dia, que a sociedade nos dá que aumenta esse sentimento.

Isso é, as perguntas que a sociedade impõe assim como as obrigações aumentam esse sentimento de estar “deixando algo”, ou “não fazendo seu melhor”.

Esse sentimento também pode ser interno de coisas que nos cobramos de forma psicológica, mas que também esta ligado a esse sentimento que quando analisamos descobrimos ser a culpa. Culpa de não se sentir o suficiente para si, paras as pessoas que nos cercam e para o mundo a nossa volta.

E o que fazer com a culpa?

A resposta simples seria joga-la fora. Simples assim.

Por outro lado, sabemos que nada é simples e que a culpa não é algo fácil de largar.

Nesses casos um bom acompanhamento psicológico e até mesmo psiquiátrico vão fazer um papel fundamental na sua vida. Antes de procurar ajuda, caso você esteja na fase de se perguntar se você carrega ou não um culpa.

Pergunte-se “eu me sinto culpada?” parece bobo, mas é uma pergunta fundamental para identificar problemas que podem possuir razões muito mais fundas em nosso subconsciente.

O importante é saber que a “culpa” em si como sentimento é desnecessária, mesmo quando ela deriva de uma conduta nossa é preciso identificar o momento onde nosso perdão é fundamental para seguir com nossas vidas.

Claro, que aqui estamos nos referindo ao sentimento de culpa que em geral existe em nós sem uma explicação plausível isso é, aquele sentimento que surge da inadequação social, profissional ou pessoal que nós temos.

E é esse sentimento que precisa ser descartado por nós.

O processo de descartar a culpa pode ser doloroso e trabalhoso, mas com certeza nos fará pessoas melhores ou talvez menos responsáveis por fatos que estão além do nosso alcance.

Assim, o primeiro passo para se livrar da culpa interna é descobri-la e enfrenta-la. Só assim seremos o melhor que temos a oferecer.

Sabendo que a culpa é um sentimento normal para todos os humanos é preciso reconhecer se esse sentimento é um sentimento normal de qualquer ser humano, ou se evoluiu para um sentimento intenso e as vezes cronico. A culpa em sua forma crônica que é a responsável pelo aumento do stress, depressão e os outros problemas mencionados acima.

Vamos as formas então:

A culpa proporcional:

É aquela culpa onde há uma ação, seja ela uma decisão ou um erro cometido por nós onde sentimos que cometemos um erro, onde devemos tomar responsabilidade por nossos atos. Esse é um tipo “saudável” de culpa. Uma vez que essa esta ligada no sentimento de corrigir nossas próprias ações ao outro.

A culpa desproporcional

A culpa desproporcional por sua vez, fala sobre coisas onde não temos realmente uma responsabilidade. Coisas que estão de fato além do nosso alcance, por exemplo, a responsabilização por outro ser humano, resultados de ações além do nosso poder, controle de situações para si e para outros, etc. O tipo de culpa que nos leva a revirar nossos fracassos de forma negativa gerando vergonha, ressentimento ou tristeza são exemplos da culpa desproporcional.

Apesar de sempre recomendarmos ajuda profissionais em alguns casos, há sempre a possibilidade de lidarmos com nossa culpa, por exemplo:

Em se tratando de culpa seja essa proporcional ou não, o primeiro passo sempre será reconhecer a existência desse sentimento como algo real e que de fato existe. No caso da culpa proporcional se deve pensar em como corrigir a ação para os outros e para si mesmo. De forma a extinguir a raiz daquela culpa. Se tratarmos da culpa não proporcional o próprio reconhecimento do sentimento é o primeiro passo a ser tomado para achar a raiz do problema.

Em segundo lugar deve-se pensar em aceitar a culpa e posteriormente perdoa-la em nós mesmos. Isso consiste em reconhecer que houve um momento traumático onde tomamos parte de forma ativa ou passiva e que de algum modo essa situação gerou esse sentimento em nós. Esse segundo passo vai ser o mais longo e possivelmente o mais doloroso de todos porque após o reconhecimento inicial, temos que lidar com a proporção da nossa culpa, se de fato participamos em alguma situação que gerou desconforto ou machucou outrem ou se estamos nos responsabilizando de forma demasiada no ocorrido.

Aceitar o estado emocional que estávamos quando passamos pelo momento “gerador” da culpa também é importante, porque pessoas emocionalmente frágeis ou que estejam em um momento emocionalmente frágil podem ser mais suscetíveis a sentir-sem culpadas após o evento traumático.

No entanto, mesmo quando se tratar de uma culpa proporcional é preciso aceitar que nem sempre estamos no nosso melhor, e que como humanos estamos sempre a um passo de cometer algum erro, seja com nós mesmos ou com o próximo.

Se for possível falar com as pessoas afetadas pelo seu erro pode ajudar a colocar em perspectiva seu sentimento, mas essa procura deve ser feita com cuidado tanto para não machucar ainda mais aqueles que foram afetados de forma negativa por nossas ações como também a nós mesmos.

O terceiro passo é o “pedir desculpas” esse passo pode ser tanto doloroso para a nós, mas em qualquer tipo de culpa é importante que além da desculpa dos afetados, aceitar o nosso perdão é uma coisa fundamental, e cada um vai atingir seu próprio processo para lidar com essa situação.

Por fim, é importante saber que não importa qual culpa que esteja em nosso caminho o importante é seguir em frente e não deixar esse sentimento definir o “tipo” de pessoas que somos. Nós amadurecemos e mudamos muito de pensamento ao longo da vida e o tempo sempre será essencial para lidar com nossos processos de desenvolvimento pessoal. Aprender com nossos erros e culpas é parte de tomar consciência de si, de conseguir a habilidade de cuidar de si e ai sim dos outros.

Dessa forma, respondemos a pergunta do título. O que fazer com a culpa interna? Jogar ela fora, sem esquecer no entanto do crescimento que tivemos durante cada processo.

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