Até os infortúnios tem o seu valor…

A gente cresce e com a idade crescem os boletos, os sonhos, os caminhos a serem percorridos, os sentimentos, os medos, as somas, as perdas, as alegrias. Por mais que a gente não queira, tudo se transforma de repente. Na maioria das vezes as responsabilidades tomam uma proporção maior do que aquilo que achamos que saberíamos lidar. E as vezes não sabemos mesmo, mas acabamos descobrindo que o susto nos move tanto quanto o planejado. Estou dizendo isso para que você não se assuste com as responsabilidades no meio do caminho. Pode ser que tenha “caído no seu colo” por que o seu cuidado estava prescrito de alguma forma. Me entende?

Nos comprometemos com as nossas escolhas de uma maneira muito intensa, e isso acontece sem querer inúmeras vezes, mas o fazemos por que o mundo nos faz entender que isso tem um pouco a ver com maturidade.

Ocasionalmente nós precisamos estar atentos ao que as pessoas querem nos dizer, por que nem sempre vão saber como nos fazer entender exatamente como estão por aqui ou ali, como estão conosco, ou de algum modo batalhando com a gente, ainda que sejam questões internas.

É natural que a gente se perca pelo caminho, que a gente se perca das pessoas, dos projetos muito almejados, as vezes é sem querer, em outras acabamos tendo motivo mesmo. O que não pode deixar de existir é aquilo de conseguirmos saborear ainda assim o doce e o amargo dos dias nas proporções certas.

Precisamos entender que antes de ser a metade em qualquer outro vínculo precisamos ser o melhor que pudermos do nosso inteiro, com nós mesmos.

Vivemos tempos em que sorrir demais nos faz parecer forçados. Chorar nos faz parecer fracos. Sermos neutros faz com que parecemos indiferentes. Nos resta apenas crer na ameaça de confiar: seja nas pessoas, em dias melhores ou qualquer outra coisa que preencha o que nos deixa aflitos.

Daqui algum tempo, as vaidades irão sumir junto com a beleza inexplicável de algumas coisas que nos encantam hoje.

O conceito de tudo o que transborda pode em algum tempo sufocar, só não deixe de viver e sentir tudo o que puder: permita-se por enquanto,aqui e agora.

 

 

créditos da imagem: @umcartao.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *